segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Pelo menos 120 mil participam da Parada da Diversidade, estima associação

Albari Rosa/ Gazeta do Povo / Cerca de 120 mil pessoas participaram na tarde deste domingo da Parada da Diversidade LGBT em Curitiba

A chuva, que caiu no fim da tarde na capital paranaense, não intimidou o público. Trânsito nos arredores da Cândido de Abreu ficou complicado no fim da tarde

27/09/2009 | 17:45 | Jenifer Koppe atualizado em 27/09/2009 às 20:35

A 12ª edição da Parada da Diversidade LGBT de Curitiba, que aconteceu neste domingo (27) à tarde, transformou a Avenida Cândido de Abreu em uma enorme pista de dança, com direito a música eletrônica no último volume, drinques servidos de bandeja e muita animação. Nem mesmo a forte chuva, que caiu um pouco antes do início do desfile, espantou o público. Segundo a Associação Paranaense da Parada da Diversidade (Appad), responsável pela organização do evento, mais de 120 mil pessoas participaram.

Mas, muito mais do que uma grande festa, o evento é um acontecimento político, que tem o objetivo de chamar a atenção da sociedade para os problemas enfrentados por lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT), vítimas do preconceito e da intolerância. "Só queremos uma coisa: respeito. Pagamos os nossos impostos, temos os nossos direitos. Não queremos destruir a família de ninguém, queremos construir a nossa", disse o presidente da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Transgêneros (ABGLT), Toni Reis.

Albari Rosa/Gazeta do Povo

Albari Rosa/Gazeta do Povo / Além da diversão, um dos objetivos da parada é combater a homofobia

Além da diversão, um dos objetivos da parada é combater a homofobia

A parada deste ano, que começou na Praça 19 de Dezembro e terminou no Palácio Iguaçu, teve a participação de seis trios elétricos, entre eles o trio Magia, um dos maiores do país. A festa continuou na Praça Nossa Senhora de Salete, em frente ao palácio, onde um palco foi montado para a apresentação de bandas locais e drag queens.

De acordo com o coordenador geral da Appad, Márcio Marins, o evento leva cerca de um ano para ser organizado. "Assim que termina, já começamos a pensar no próximo. O número de alvarás e de permissões é interminável. Felizmente, contamos com o apoio de diversas entidades, entre elas o ministério e as secretarias estadual e municipal de saúde, fundamentais para conseguirmos superar barreiras a cada nova edição", conta.

Embora os simpatizantes não façam mais parte da sigla oficial que representa o movimento – o GLS (gays, lésbicas e simpatizantes) se tornou LGBT em 2008 –, eles compareceram à parada em massa. Os jovens eram maioria, mas muitas crianças e idosos também prestigiaram o evento. O casal Ayvonede e Carlos Eduardo Marques, de 73 e 68 anos, respectivamente, aguardavam com a família a passagem da parada, embaixo de um ponto de ônibus, para se proteger da chuva. "É tudo muito bonito e organizado, uma iniciativa importante para conscientizar a população", acredita Ayvonede. "A parada é um show e, por isso, merece ser prestigiado", completou o marido.


GAZETA DO POVO 28 /09 às 09:01h

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