quinta-feira, 26 de abril de 2012

Curso de Auxiliar Adminstrativo para Egressos e familiares

O Conselho da Comunidade na Execução Penal de Foz do Iguaçu representada pela Vice-Presidente Nila Leite participou neste segunda-feira dia 23 de Abril da aula inaugural do Curso de Auxiliar Administrativo.
O Curso será organizado pelo PROGRAMA PRÓ-EGRESSO DE FOZ DO IGUAÇU, e ministrado pelos professores do SENAI; e contará com o apoio de infraestrutura do NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO. As aula serão ministrada no Colégio Estadual Bartolomeu Mitre.

Para viabilizar o curso o Conselho da Comunidade assumiu a obrigação de viabilizar os vales-transporte para que o egresso possa se deslocar diariamente para o curso, que terá duração de dois meses INÍCIO: 23/04/2012 e TÉRMINO: 21/06/2012 .

O Objetivo do curso é capacitar os egressos e familiares para o mercado de trabalho.

Participarão do curso 40 egressos e familiares, com uma carga horária de 160 horas.



 
 VISITE NOSSO BLOG: http://conselhodacomunidadefoz.blogspot.com/

sexta-feira, 20 de abril de 2012

19/04/2012 16:42

Comissão aprova presença de psicólogos e assistentes sociais nas escolas

Arquivo/ Leonardo Prado
Arnaldo Faria de Sá
Faria de Sá defendeu que as escolas tenham suas próprias equipes multidisciplinares.

A Comissão de Seguridade Social e Família aprovou na quarta-feira (18) proposta que assegura atendimento por psicólogos e assistentes sociais a alunos das escolas públicas de educação básica. O texto aprovado é o substitutivo do Senado ao Projeto de Lei 3688/00, do ex- deputado José Carlos Elias.
Essa versão do Senado retirou da proposta aprovada anteriormente na Câmara a determinação de que o atendimento psicológico e assistencial deveria ser prestado por psicólogos do Sistema Único de Saúde (SUS) e assistentes sociais dos serviços públicos de assistência social. Pelo texto aprovado, as redes públicas contarão com equipes multidisciplinares próprias, sendo que algumas necessidades específicas de alunos poderão ser tratadas em parceria com o SUS.
O relator, deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), recomendou a aprovação da proposta, por considerar que as equipes multiprofissionais serão capazes de atuar tecnicamente na mediação das relações sociais e institucionais.
O projeto dá um ano, a partir da publicação da lei, para que os sistemas de ensino se adaptem à nova regra.


Tramitação
O substitutivo do Senado ainda será analisado pelas comissões de Educação e Cultura; e de Constituição e Justiça e de Cidadania, antes de ser incluída na pauta do Plenário.

 
 
Prezados (as)

                Solicitamos a volorosa colaboração  no  sentido de  divulgar para profissionais com  pós  graduação  na área de gestão de  políticas  sociais a publicação do Edital, em anexo, referente a contratação de 6 (seis) consultores para  desenvolver ações voltadas ao aprimoramento do  apoio  federal a  Estados, Capitais  e Distrito Federal –DF, na gestão, organização e implementação das ações do Programa Nacional CRACK, É POSSÍVEL VENCER.

Abaixo mais informações sobre o trabalho. Maiores detalhes podem ser no edital, na íntegra, em anexo a este e-mail.

ENTREGA DE CURRÍCULO ATÉ DIA 20 DE ABRIL. 
          



1. O trabalho dos consultores consiste numa parceria entre   a Secretaria  Nacional de  Assistência Social – SNAS/MDS, e o  Programa das  Nações Unidas para o  Desenvolvimento  – PNUD e, terá como  referência os Estados, DF e Capitais definidos como prioritários, em 2012, para  implementação  do Programa Nacional“ Crack   é Possível Vencer.

3. Edital No. 82/2012 publicado domingo, dia 15/04/2012, folha de São Paulo, ENTREGA DE CURRÍCULO ATÉ DIA 20 DE ABRIL.  Os interessados deverão enviar o currículo, a para o endereço: sedp.pnud04046@mds.gov.br (exclusivamente). O currículo deverá ser enviado em formato PDF, no modelo disponível no sítio (http://www.mds.gov.br/sobreoministerio/licitacoesecontratos), bem como o número do edital deverá ser informado no campo assunto – e-mails que não atenderem a tais requisitos serão desconsiderados

4.      Informações complementares:

- TR prevê como requisitos:

- Formação Acadêmica -  Requisitos mínimos exigidos para seleção
                            
· Graduação na área de Ciências Sociais Aplicadas e/ou Ciências Humanas e/ ou Saúde.
· Especialização em gestão pública e/ou políticas sociais
  

           Requisito desejável para a seleção

·      Especialização na temática do uso/abuso de crack e/ou outras drogas.
·      Mestrado em gestão pública, políticas sociais e/ou na temática uso/abuso de Crack e/ ou outras drogas.
·      Doutorado em gestão pública, políticas sociais e/ou na temática uso/abuso de Crack e/ ou outras drogas.

Experiência Profissional - Requisitos mínimos exigidos para seleção

· Experiência de trabalho mínima de 3 (três) anos na área de gestão de políticas sociais: coordenação, planejamento, acompanhamento da oferta de serviços, programas e/ou projetos sociais.

          Requisitos desejáveis para a seleção - pontuação

· Experiência de trabalho na área da Política de Assistência Social: coordenação, planejamento, acompanhamento, monitoramento e avaliação da oferta de serviços, programas e/ou projetos socioassistenciais.
· Experiência de trabalho em gestão, consultoria, assessoria, avaliação ou monitoramento, articulação intersetorial de ações, nas esferas Federal, Estadual, Municipal ou do Distrito Federal, voltada para a temática uso/abuso de crack e /ou drogas;
· Experiência na área de gestão pública com recorte na área de gestão orçamentária e financeira.
· Experiência de trabalho com capacitação profissional de equipes técnicas e/ou facilitação e moderação de grupos na área das políticas de Seguridade Social (Saúde, Assistência Social e Previdência Social).
· Ter publicação na área de políticas públicas sociais, com recorte na política de Assistência Social ou na temática do uso/abuso de drogas;

Entrevista - pontuação

·      Conhecimento sobre normativas e documentos orientadores do SUAS, dentre os quais: Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS e suas alterações, especialmente aquelas advindas da Lei nº 12.435, de 6 de julho de 2011;  Política Nacional de Assistência Social; Norma Operacional Básica - NOB/SUAS; NOB/RH; Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais; Protocolo de Gestão Integrada de Serviços, Benefícios e Transferência de Renda no âmbito do SUAS; Orientações Técnicas: CRAS Orientações Técnica: CREAS; Orientações Técnicas: Centro POP;
·      Capacidade de relacionar o papel do Sistema Único de Saúde- SUS e Sistema Único de Assistência Social-SUAS na atenção integrada a famílias/indivíduos que vivenciam uso/abuso de Crack ou outras drogas;
·      Conhecimento sobre o Plano Integrado de enfrentamento ao Crack e outras drogas e sobre o Programa Crack é Possível Vencer
·      Trabalho em equipe, comunicação verbal, coerência e consistência argumentativa, demonstração de competência para o cargo, disponibilidade de tempo para a realização de viagens semanais.


terça-feira, 10 de abril de 2012



Especialistas defendem que a oferta gratuita de imunização contra o HPV reduziria consideravelmente a ocorrência de tumores no útero. O Ministério da Saúde estuda a adoção da medida

» Márcia Maria Cruz - Correio Braziliense
Publicação: 09/04/2012 02:00


Belo Horizonte  — 
 a inclusão da vacina de vírus do papiloma humano (HPV) no Programa Nacional de Imunizações (PNI) pode representar a redução nos casos de câncer de colo de útero, a segunda maior causa de mortalidade entre as mulheres brasileiras. A boa notícia é que a introdução da vacina está em estudo pelo Ministério da Saúde. “A inclusão pode parecer um custo, mas representa um investimento em saúde. Pode parecer um dispêndio no momento, mas o governo vai economizar muito com os custos do tratamento do câncer no futuro”, defende Charles Pádua, diretor do Cetus Hospital-Dia, instituição especializada em medicina oncológica de Betim, na Grande Belo Horizonte. Dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca) apontam que, em 2012, no Brasil, devem ser registrados 17.540 novos casos desse tipo de tumor — o equivalente a 17 casos para cada 100 mil mulheres. 

Na rede privada, há 14 anos, a vacina vem sendo aplicada em mulheres de 9 a 26 anos, e desde o ano passado o uso foi liberado também para homens na mesma faixa etária. A vacina quadrivalente, que combate os tipos do HPV identificados como 6, 11, 16 e 18, pode ser encontrada em clínicas particulares a preços que variam de R$ 300 a R$ 350 para cada uma das três doses. Embora o HPV, que se refere a uma família de vírus com mais de 200 tipos diferentes, seja associado às mulheres, ele pode causar nos homens o câncer de pênis, ânus e as verrugas ânus-genitais, conhecidas como crista de galo.

O alto custo da vacina compromete uma ampliação da cobertura da imunização. “Apenas 1% da população deve ter se vacinado, o que, em termos de saúde pública, não representa nada. Para reduzirmos a quantidade de vírus circulando, teríamos que proteger de 80% a 90% da população”, afirma o presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim), Renato Kfouri. Quando há vacinação em massa, mesmo que não seja a totalidade da população, é possível reduzir a circulação do vírus e até mesmo erradicá-lo. “Mesmo as pessoas que não recebem a vacina são protegidas indiretamente, porque se trata de imunidade de ‘rebanho’”, pontua. Na Austrália, onde a vacinação contra o HPV é uma política pública, houve redução expressiva no número de casos de câncer de colo de útero.

Verrugas 

Existem no mercado duas vacinas contra o HPV: a bivalente e a quadrivalente. A primeira protege dos tipos 16 e 18, causadores de 70% dos cânceres de colo de útero, e está indicada para mulheres. Já a quadrivalente combate também os tipos 6 e 11, responsáveis por 90% das verrugas genitais. Ambas oferecem proteção adicional contra outras variedades  causadoras de cerca de 10% dos cânceres do colo de útero. As vacinas dão ao organismo capacidade de gerar produção de anticorpos e proteção que chega a 99%. No entanto, não podem ser usadas como tratamento para quem já se infectou com o vírus. 

A importância da inclusão da vacina no PNI aumenta consideravelmente tendo em vista que ela é a forma mais eficaz de prevenção da doença, sexualmente transmissível. O vírus é passado de pele para pele, não sendo necessária a penetração para que haja o contágio. Isso faz com que o preservativo não seja a forma mais eficaz de evitar a doença. De acordo com Charles Pádua, entre 50% e 80% de homens e mulheres vão contrair o HPV em alguma época da vida. “A partir do momento em que o indivíduo inicia a vida sexual, está exposto”, diz. 

O oncologista acrescenta que há vários trabalhos científicos que comprovam redução na incidência de casos de cânceres de útero, vulva e pênis nos países onde houve a introdução da vacina. Alguns municípios brasileiros estudam a possibilidade de adoção da dose, no entanto, segundo Pádua, para que haja eficiência é preciso a implantação de um plano nacional. De acordo com o Ministério da Saúde, a inclusão de vacinas leva em consideração vários critérios, como o epidemiológico (prevalência e incidência da doença devem ser relevantes); o imunológico (a imunogenicidade proporcionada pela vacina deve ser de alta eficácia) e o custo. O ministério informou ainda que vem realizando debates técnicos sobre a introdução dessas vacinas no programa nacional. 

Hepatite B
A vacina contra a hepatite B pode contribuir também para a redução da incidência do carcinoma hepatocelular, o tumor maligno primário mais comum no fígado. “A vacina contra a hepatite B, doença transmissível sexualmente e pelo sangue contaminado, tem grande impacto na redução da incidência desse tipo de câncer”, destaca a presidente da Sbim-RJ, Isabella Ballalai. A vacina está disponível gratuitamente nos postos de saúde para homens e mulheres de até 29 anos. 

Pessoas acima dessa idade e não vacinadas ou que não sabem se já receberam a vacina podem ser imunizadas em clínicas privadas. São necessárias três doses para o desenvolvimento de proteção eficiente contra o vírus. Cerca de 90% dos recém-nascidos com vírus da hepatite B desenvolvem a forma crônica da doença. Por essa razão, é importante que os casais estejam vacinados contra a doença antes que ocorra a gestação. No bebê, a vacina deve ser aplicada preferencialmente nas primeiras 12 horas depois do nascimento. 

"Apenas 1% da população deve ter se vacinado, o que, em termos de saúde pública, não representa nada. Para reduzirmos a quantidade de vírus circulando, teríamos que proteger de 80% a 90% da população”

Renato Kfouri,

presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações

vírus
Os HPVs (vírus do papiloma humano) são da família Papilomaviridae, capazes de provocar lesões na pele ou na mucosa. Na maior parte dos casos, as lesões têm crescimento limitado e costumam regridir espontaneamente. Existem mais de 200 tipos diferentes de HPV. Eles são classificados como de baixo risco e de alto risco de câncer. Somente os de alto risco estão relacionados a tumores malignos. 
 
Incidência
A infecção por HPV atinge cerca de 630 milhões de pessoas no mundo. Estima-se que os tipos 16 e 18 do vírus causem de 40% a 50% dos cânceres de vulva e 70% dos cânceres vaginais, bem como 85% dos casos de câncer anal. 
 
Sintomas
O HPV pode permanecer no organismo sem qualquer sintoma por meses e até anos. Os tumores malignos, por exemplo, podem demorar de 10 a 20 anos para se desenvolverem.
 
Contágio

 A probabilidade de contágio também é alta, varia de 50% a 80%, e o vírus pode ser transmitido mesmo que esteja latente (sem manifestação visível). 
 
Vacina
A vacina quadrivalente contra o HPV é administrada em três doses, com aplicação intramuscular. A primeira pode ser aplicada em data escolhida, a segunda é administrada dois meses depois da primeira e a terceira, seis meses após a primeira. 

quinta-feira, 5 de abril de 2012



ONU condena decisão do STJ que inocentou estuprador


BRASÍLIA - A Organização das Nações Unidas (ONU) condenou a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que inocentou o estuprador de três meninas de 12 anos, sob o argumento de que elas já tinham vida sexual ativa antes do abuso. O escritório da ONU responsável pelos Direitos Humanos deplorou a decisão, que, segundo a entidade, pode abrir precedente "perigoso".
- É impensável que a vida sexual de uma criança possa ser usada para revogar seus direitos. A decisão do STJ abre um precedente perigoso e discrimina as vítimas com base em sua idade e gênero, disse Amerigo Incalcaterra, representante regional do escritório para a América do Sul.
Incalcaterra notou que a decisão do STJ contradiz vários tratados internacionais de direitos humanos ratificados pelo Brasil, incluindo a Convenção sobre os Direitos da Criança (CDC), o Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos (PIDCP) e a Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher (CEDAW).
Ele pediu às autoridades nacionais, incluindo o Poder Judiciário, que priorizem os interesses superiores da criança na tomada de decisões e lembrou a obrigação dos Estados de protegerem as crianças de todas as formas de violência, incluindo o abuso sexual. De acordo com as diretrizes internacionais de direitos humanos, a vida sexual de uma mulher não deve ser levada em consideração em julgamentos sobre seus direitos e proteções legais, incluindo a proteção contra o estupro, apontou a ONU.
Nesta quarta-feira, o STJ anunciou nota de esclarecimento sobre o caso. Segundo a corte, na decisão foi tomada sob o entendimento de que não se pode considerar crime o ato que não viola a liberdade sexual, já que as menores se prostituíam antes do suposto crime. Na nota, o STJ frisa que "não institucionalizou a prostituição infantil", e que a decisão não viola a Constituição. Além disso, a corte ressalta que poderá mudar seu entendimento, mas não sua decisão, e nega que o presidente do STJ, Ari Pargendler, tenha admitido rever sua decisão.


FELIZ PÁSCOA.

O cordeiro Pascal

Mensagem  Viriato em Dom Abr 04, 2010 10:27 pm
O cordeiro Pascal



O cordeiro é o símbolo mais antigo da Páscoa.
A festa cristã da Páscoa tem origem na festa judaica, que é conhecida por Pessach, que em hebraico quer dizer passagem, referindo a passagem do anjo da morte. Têm contudo significados diferentes.

Enquanto para os cristãos representa a ressurreição de Cristo, para os judeus, descendentes dos hebreus, comemora a saída destes do Egipto, onde eram escravos.
Um anjo enviado por Deus feriu de morte todos os primogénitos egípcios. Assustado, o Faraó aceitou libertar o povo de Israel, o que levou ao Êxodo (Shemot).
Como recordação desta libertação e do castigo de Deus sobre o Faraó foi instituído, para todas as gerações, o sacrifício de Pessach. Desta comemoração judia faz parte a refeição, o seder, que inclui um cordeiro assado, pães ázimos, isto é, sem fermento, para lembrar a pressa com que abandonaram o Egipto e ervas amargas, como o rábano, como símbolo do sofrimento do povo no deserto.




Para realçar a importância desta refeição a mesa deve ser posta com as melhores louças e adereços e durante ela deve ser lida a história do Êxodo, para que não possa ser esquecida.

No Novo Testamento a figura de Cristo identifica-se com a do Cordeiro de Deus ou Cordeiro Pascal, pelo seu sacrifício.
Na pintura, como acontece na de Josefa de Ayala, mais conhecida por Josefa de Óbidos, esse cordeiro pascal, inspirado no cordeiro de Zurbaran, foi representado de várias maneiras, mantendo sempre um significado simbólico.



Do ponto de vista prático, na tradição católica, manteve-se o costume de comer cordeiro, na maior parte das vezes substituído por cabrito, no Domingo de Páscoa.
Outros símbolos como os ovos, o coelho ou as amêndoas são mais tardios e têm significados diferentes.

Votos de uma Feliz Páscoa, independentemente do que significa para cada um de nós. 

Fonte:http://vagueando.forumeiros.com/t19266-o-cordeiro-pascal

terça-feira, 3 de abril de 2012

Adital
A partir do próximo mês de maio, o Ministério da Saúde iniciará a distribuição do primeiro lote dos 20 milhões de preservativos femininos adquiridos pelo Governo. Entre muitas resistências que ainda são obstáculos para o uso popular do meio contraceptivo e preventivo às Doenças Sexualmente Transmissíveis, grupos feministas defendem a camisinha feminina como mais uma forma de autonomia para as mulheres.

Um exemplo desses grupos é a Rede Feminista de Saúde de Pernambuco (RFS-PE). Gigi Bandler, representante da Rede e do grupo Loucas da Pedra Lilás, em entrevista a Adital, fez críticas ao Governo em relação à demora pela aquisição dos produtos. "É uma ótima notícia, pois o custo desse tipo de preservativo é muito alto. É de preço proibitivo para o SUS [Serviço Único de Saúde], mas seria uma grande vantagem para o planejamento reprodutivo. Em nosso país, há a carência de campanhas sobre todos os métodos. A notícia dessa distribuição deve ser divulgada, pois esse preservativo é um método de barreira à gravidez e às DSTs bem como de controle corporal. Há muito já esperava a realização dessa campanha que é uma obrigação do próprio Governo. Contudo, mais do que o custo, ainda falta o ensinamento para o uso”, disse.

Pouco utilizada e cercada de tabus, a camisinha feminina é tão eficaz quanto a versão masculina na prevenção às DSTs. E pode ser uma aliada das mulheres que se sentem constrangidas ao pedirem que seus parceiros coloquem o preservativo. Além de ser um símbolo de autonomia feminina, mostra que é possível se proteger independente da iniciativa do seu parceiro.

Quanto à postura dos profissionais da área de saúde, Gigi Bandler analisou: "Estes devem seguir uma postura educativa sobre a camisinha feminina. Ela requer preparos e deve ser advogada em um momento educativo, de responsabilidade do SUS para com as usuárias. Porém, uma das maiores barreiras é o não-conhecimento da mulher com o seu corpo. O uso dessa camisinha requer preparos e expressa esse conhecimento corporal. Ainda há a necessidade de profissionais que estejam sensibilizados a essa questão.”

A respeito da resistência para o uso do preservativo feminino, Gigi respondeu: "Há, sim, uma resistência ao uso. As mulheres, em sua maioria, mesmo sem experiência dizem que a camisinha é difícil de colocar, que não presta. Isso é um preconceito cultural devido ao fato de aproximar as mulheres do seu próprio corpo, um processo historicamente negado a elas, pois viviam na condição de submissão aos homens”.

Entre as vantagens do uso da camisinha feminina, Gigi também comentou que esta é feita de um látex mais fino do que a masculina, portanto gera um conforto maior além de deixar a mulher mais protegida. "Muitos dos métodos contraceptivos geram efeitos colaterais e lançam no corpo da mulher uma forte carga hormonal. Por causa dessas dificuldades, as mulheres procuram os métodos definitivos. Porém, o preservativo feminino é bastante saudável, além de eficaz.”

Outros fatores que levam as mulheres ao uso de métodos definitivos e à rejeição de métodos contraceptivos de elevadas cargas hormonais, segundo a entrevistada, é o medo que estas têm de engordar, de terem sua libido diminuída e também de sentirem náuseas. Aquelas que têm saúde debilitada e são fumantes não são indicadas ao uso desses métodos, pois são utilizados muitos hormônios em sua composição.

A população feminina também sofre preconceito e restrição ao uso desse tipo de preservativo principalmente pelos seus parceiros. "Em sua maioria, [eles] têm preconceito pelo fato de não terem preparo para manusear. Também há a desculpa de não obterem prazer na relação. Por não quererem se responsabilizar pelo corpo delas, os parceiros entram em conflito. Com o preservativo feminino, as mulheres se responsabilizam pelo seu corpo e têm domínio sobre ele.”, concluiu Gigi.

De acordo com o Ministério da Saúde, de 1997 até 2011, foram distribuídos 16 milhões de preservativos femininos para os 26 estados e o Distrito Federal. A nova aquisição representa um volume 25% maior do que a quantidade já distribuída no país.

Rede Feminista de Saúde de Pernambuco (RFS-PE)
A Rede incentiva o cuidado e o conhecimento do corpo feminino pelas mulheres e promove a ideia de que o uso desse tipo de preservativo as encaminha para uma superação de preconceitos pessoais e masculinos.

Contato:
Gigi Bandler – 55.81.3429 6707
Fonte http://www.feminismo.org.br