domingo, 31 de janeiro de 2010

TItulo Net


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O que é Titulo Net | Como usar o serviço | Pergunta frequentes

A Justiça Eleitoral lançou mais uma iniciativa destinada a aprimorar os serviços oferecidos aos eleitores brasileiros. Desde o dia 6 de julho de 2009, o projeto Título Net permite aos cidadãos iniciarem, pela Internet, requerimentos de alistamento eleitoral, transferência de domicílio e revisão de dados cadastrais. O sistema também permite a atualização online das obrigações eleitorais.

O objetivo é modernizar e facilitar o acesso a esses serviços, tornando mais ágil o atendimento nos cartórios eleitorais, onde o processo é concluído. Espera-se, ainda, reduzir os erros de transcrição dos dados, uma vez que as mudanças serão feitas pelo próprio eleitor e conferidas por um atendente.

Depois de fazer a solicitação pela Internet, os eleitores devem comparecer às unidades de atendimento da Justiça Eleitoral, munidos da documentação exigida, para concluir os serviços pedidos e receber o título. Em caso de não comparecimento do cidadão, o requerimento será invalidado.

O TSE informa que o protocolo emitido não comprova a regularidade da inscrição ou a quitação eleitoral. O documento informa somente o número e a data da solicitação e é emitido apenas para agilizar o atendimento na unidade da Justiça Eleitoral.

http://www.tse.gov.br/internet/servicos_eleitor/titulo_net.htm


.:: APRESENTAÇÃO

Ibirapuera terá grande manifestação pública contra o PL do Ato Médico

O Senado Federal está a um passo de votar um projeto de lei que, se aprovado, representará um retrocesso para a Saúde.

O PL pretende tornar privativo da classe médica procedimentos realizados por outras profissões da área de Saúde (Psicologia, Biomedicina, Fisioterapia e Terapia Ocupacional, Serviço Social e outros), ignorando os avanços conquistados no atendimento multiprofissional de saúde e resultando em danos à população.

No próximo dia 27 de fevereiro será realizada uma manifestação pública na Arena de Eventos do Parque do Ibirapuera, na Capital, das 14h às 17h.

O evento está sendo organizado pelos Conselhos Profissionais de Saúde do Estado de São Paulo e, na Psicologia, pelo Conselho Regional de Psicologia (CRP/SP), Entidades do FENPB, Sindicato dos Psicólogos (SinPsi/SP), Conselho Nacional dos Estudantes de Psicologia (CONEP) e Conselho Regional dos Estudantes de Psicologia (COREP).

Participe!
Vamos nos manifestar pela rejeição do PL!
Auxilie na divulgação e mobilização dos Psicólogos, alunos, professores, outros profissionais, usuários e demais interessados.

A Saúde Pública adverte: o Ato Médico faz mal à Saúde !

Exploração do menor

Compartilhamento

Jornal Diário do Nordeste

30/1/2010

Em flagrante desrespeito às leis vigentes, especificamente quanto às disposições Estatuto da Criança e do Adolescente, pesquisas ora divulgadas denunciam que milhares de crianças e adolescentes, abaixo da idade permitida legalmente, estão em atividade de trabalho no Ceará. No Brasil, só é permitido o trabalho do menor, ainda assim apenas na qualidade de aprendiz, a partir dos 14 anos de idade, mas a realidade mostra, segundo recente aferição realizada pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD), que cerca de 1,4 milhão de crianças brasileiras, entre cinco e treze anos de idade, trabalha de maneira ostensiva, a maioria em atividades agrícolas e não remuneradas.

Tamanha deturpação das atividades infantis se relaciona diretamente a indicadores de escolarização insatisfatórios e ao baixo rendimento auferidos pelos membros dos domicílios em que vivem os menores.

Evidência banalizada, a exploração do trabalho infantil apresenta raízes na própria cultura brasileira, sobretudo no Nordeste, em decorrência de circunstâncias geradas pela desigualdade social, instabilidade climática e carência de empregos para adultos, crônicos entraves ao desenvolvimento regional. Tal situação de notória irregularidade conta, inúmeras vezes, com o consentimento dos pais das crianças, carentes de ajuda extra para atingir uma renda familiar que lhes permita condições mínimas de sobrevivência.

A legislação é explícita ao mencionar que nenhum menor de 14 anos pode exercer qualquer tarefa empregatícia. A partir de 15 anos, é permitido o exercício de trabalho na categoria de aprendiz. Somente depois de completar 16 anos, torna-se autorizada a manutenção de vínculos normais de emprego, inclusive com a garantia de todos os direitos estabelecidos pela lei. Mesmo assim, até que se complete a maioridade, o tipo de serviço exercido não pode ser noturno, nem perigoso ou insalubre.

O problema envolve, também, aspectos nem sempre claros no sentido de serem devidamente identificados para o adequado cumprimento da lei. Por exemplo, entre as diversas modalidades de exploração do trabalho infantil, uma delas se torna particularmente difícil de ser constatada ou controlada, que é a do trabalho doméstico, geralmente camuflado por intenções supostamente bem intencionadas, mas, algumas vezes, com o óbvio propósito de explorar as crianças em serviços caseiros, sem nenhum tipo de remuneração.

Outro aspecto constrangedor da questão, de características ainda mais lesivas, é quando o menor ingressa no submundo das atividades marginais, servindo de intermediário no tráfico de drogas, ou sendo envolvido pelo repulsivo caminho da prostituição infantil, mancha social constatável a olhos vistos, tanto nas grandes cidades quanto em inúmeras paradas rodoviárias no interior do País.

Somam-se assim, sob vários enfoques, as violações aos direitos e à dignidade da infância, numa agressão frontal ao Estatuto da Criança e do Adolescente, segundo o qual o menor de idade deve ser prioridade absoluta para a família, o Estado e a sociedade, responsabilidade negada ou transgredida em lamentáveis e crescentes proporções.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

SPM divulga balanço de 2009 do Ligue 180






Foram registrados de janeiro a dezembro do ano passado 401.729 atendimentos, um aumento de 49% em relação ao ano de 2008 (269.977)

A Central de Atendimento à Mulher - Ligue 180, da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SPM), registrou 401.729 atendimentos, de janeiro a dezembro de 2009 - um aumento de 49% em relação ao ano de 2008 (269.977). Parte significativa desse total deve-se à busca por informações sobre a Lei Maria da Penha, que registrou, 171.714 atendimentos, contra 117.546, em 2008, crescimento correspondente a 47%.

Dos 40.857 relatos de violência, a maioria dos agressores são os próprios companheiros. Do total desses relatos, 22.001 foram de violência física; 13.547 de violência psicológica; 3.595 de violência moral; 817 de violência patrimonial; 576 de violência sexual; 120 de cárcere privado; 34 de tráfico de mulheres; 8 de negligência; e 154 outros. Na maioria das denúncias/relatos de violência registrados no Ligue 180, as usuárias do serviço declaram sofrer agressões diariamente (70%).

De acordo com a ouvidora da SPM, Ana Paula Gonçalves, a veiculação em rede nacional da campanha institucional ‘Uma vida sem violência é um direito de todas as mulheres’, lançada em novembro passado para divulgar o Ligue 180, é um dos responsáveis pelo aumento na demanda, junto a maior divulgação da Lei Maria da Penha.

Melhorias tecnológicas e capacitação dos atendentes também são apontadas como motivos para o acréscimo nos atendimentos da Central. No ano passado, ao completar quatro anos de funcionamento, o Ligue 180 teve sua estrutura de atendimento ampliada, passando de 20 para 50 pontos de atendimento. A Central também passou a funcionar por meio da tecnologia VOIP - Transferência Direta de Chamadas –, que permite sistematizar automaticamente os dados das chamadas recebidas (data, local de origem, hora e duração da chamada).

Chamada Ativa - Foi implementado, ainda, o sistema de “chamada ativa”, para a geração de chamadas a partir da Central, viabilizando o acompanhamento das denúncias junto aos órgãos a que estas foram encaminhadas, bem como o monitoramento da Rede Especializada de Atenção à Mulher Vítima de Violência (DEAMs, Centros de Referência, Casas Abrigo, Juizados Especializados, Defensorias da Mulher). Para tanto, a Central contará com 60 canais para geração de chamadas.

Criada em 2005 pela SPM e parceiros, a Central de Atendimento à Mulher - Ligue 180 é um serviço de utilidade pública que presta informações e orientações sobre onde às mulheres podem recorrer caso sofram algum tipo de violência. O atendimento funciona 24 horas, todos os dias da semana, inclusive finais de semana e feriados.

Fonte: http://www.presidencia.gov.br/estrutura_presidencia/sepm/noticias/ultimas_noticias/not_spm_divulga_balanco_central_2009/

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

A IMPORTÂNCIA DE SER PERSISTENTE













Nós não podemos?



Os realizadores (...) não se importam com as derrotas temporárias, pois sabem que estão caminhando para o triunfo, e, se um plano fracassa, logo o substituem por outro.Todas as realizações notáveis encontram sempre obstáculos antes de se tornarem uma realidade. Edison fez mais de dez mil experiências, antes de conseguir realizar o seu primeiro disco de fonógrafo.(Napoleon Hill do livro “A lei do triunfo”)

Tudo tem um preço. Não é possível conseguir “alguma coisa em troca de nada”. (...) A Natureza não pode ser defraudada ou enganada. Ela nos dará o objeto pelo qual lutamos, mas só depois de havermos pago o seu preço com um esforço contínuo, persistente, obstinado!(Napoleon Hill do livro “A lei do triunfo”)

A concentração do esforço e o hábito de trabalhar com um propósito, eis os dois fatores essenciais para o triunfo, e que se encontram sempre juntos. Um faz nascer o outro.(Napoleon Hill do livro “A lei do triunfo”)

Nada no mundo pode substituir a perseverança. O talento não pode, pois nada há mais de comum do que homens de talento e sem sucesso. A cultura não pode, pois o mundo está cheio de pessoas cultas a quem não se dá o devido valor. Somente a perseverança e a persistência são onipotentes. A expressão “perseverar sempre” resolveu e sempre resolverá os problemas da humanidade. (Calvin Coolidge)

Se você persistir em falar e em pensar sobre prosperidade e êxito, não haverá forças no céu ou na terra que impedirão que você seja bem sucedido.
(Catherine Ponder do livro “Leis dinâmicas da prosperidade”)

A história da lebre e da tartaruga é a história da vitória da perseverança contra todas as probabilidades de fracasso. Em outras palavras, assim como aconteceu com a tartaruga, você não pode fracassar, se você não desistir jamais.
(Catherine Ponder do livro “Leis dinâmicas da prosperidade”)

O sucesso costuma aparecer repentinamente, depois de um discreto “longo esforço”.
(Catherine Ponder do livro “Leis dinâmicas da prosperidade”)

Só pelo fato de pensar e continuar perseverando assim em seu objetivo, ele mesmo revelará a você como alcançá-lo.
(Catherine Ponder do livro “Leis dinâmicas da prosperidade”)

O fracasso nada mais é do que o sucesso tentando aparecer de maneira mais aprimorada.
(Catherine Ponder do livro “Leis dinâmicas da prosperidade”)

Não devemos contar nossos sonhos e nossos ideais aos outros, pois eles irão tão-somente tentar destruí-los com suas dúvidas e descrenças.
(Catherine Ponder do livro “Leis dinâmicas da prosperidade”)

Aquele que deixa a disciplina experimentará indigência e ignomínia. (Prov. 13;18)

Não diga que a canção está perdida. Tenha fé em Deus, tenha fá na vida. Tente outra vez. (Raul Seixas / Paulo Coelho / Marcelo Motta na música “Tente outra vez” interpretada por Raul Seixas)

Levante sua mão sedenta e recomece a andar. Não pense que a cabeça agüenta se você parar. (Raul Seixas / Paulo Coelho / Marcelo Motta na música “Tente outra vez” interpretada por Raul Seixas)

Não diga que a vitória está perdida se é de batalhas que se vive a vida. (Raul Seixas / Paulo Coelho / Marcelo Motta na música “Tente outra vez” interpretada por Raul Seixas)

Muitas vezes, a diferença entre o fracasso e o sucesso é uma tentativa a mais.
(Marcio Kühne do livro “Em busca da autoconfiança”)

Quando achamos que já chegamos paramos de avançar.
(Mark W. Baker do livro “Jesus, o maior psicólogo que já existiu”)

Acredito numa doutrina, a qual devo não muito, mas todo o pouco que tenho, que diz que COM TALENTO COMUM E PERSEVERANÇA EXTRAORDINÁRIA, TODAS AS COISAS SÃO POSSÍVEIS. (Sir Thomas Fowell Buxton)

Para os vencedores, os fracassos são uma inspiração. Para os perdedores, o fracasso é uma derrota. (...) É o segredo que os perdedores não conhecem. O maior segredo dos vencedores é que o fracasso inspira a vitória; por isso eles não têm medo de perder.
(Robert T. Kiyosaki / Sharon L. Lechter do livro “Pai Rico, Pai Pobre”)

Coisas boas nascem da dor e da dificuldade.
(Emmet Fox do livro “Planejando o seu futuro”)

Não é às estrelas, mas sim a nós mesmos que estamos subordinados. (Shakespeare)

Seu comportamento ajuda a alcançar sua meta?
Seu comportamento, no geral e em particular, é congruente com o que deseja conquistar?
Se sua resposta for afirmativa, ótimo.
(Alexandre Henrique Santos do livro “Você pode conseguir o que quer”)

As vitórias estão guardadas, à sua espera, até o dia em que você saiba organizar-se para atingi-las. As conquistas reservadas para a maioria das pessoas são desperdiçadas por causa da desorganização. Essas pessoas não conseguem avançar. Estão sempre começando alguma coisa sem se dar conta de que o sucesso é construído com a continuidade dos projetos.
(Roberto Shinyashiki do livro “Você: A alma do negócio”)

Enquanto você estiver lutando por um objetivo, ninguém poderá dizer que seja um derrotado. Enquanto você estiver lutando, sempre haverá uma oportunidade de virar o jogo. O fracasso só surge para aqueles que desistem. No momento da desistência é que a partida realmente termina. (Roberto Shinyashiki do livro “Você: A alma do negócio”)

Se você é gentil, as pessoas podem acusá-lo de interesseiro.
Seja gentil assim mesmo.
Se você é um vencedor, terá alguns falsos amigos e alguns inimigos verdadeiros.
Vença assim mesmo.
Se você é honesto e franco, as pessoas podem enganá-lo.
Seja honesto e franco assim mesmo.
O que você levou anos para construir, alguém pode destruir de uma hora para outra.
Construa assim mesmo.
Se você tem paz e é feliz, as pessoas podem sentir inveja.
Seja feliz assim mesmo.
O bem que você faz hoje pode ser esquecido amanhã.
Faça o bem assim mesmo. (Madre Tereza de Calcutá)

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Brasil perde Neide Castanha, e as crianças uma defensor




Crianças e adolescentes de todo o Brasil perderam uma mãe na noite desta terça-feira. Depois de dois meses de uma luta contra um câncer e um dia após se internar no Hospital Santa Lúcia, faleceu, por volta das 22h30, em Brasília, Neide Castanha, mineira e militante a favor dos direitos humanos e sociais de crianças e adolescentes.

Foi muito rápido, de manhã: amigos e familiares preocupados com a internação, à noite, recebem a notícia. Neide estava fraca, mas todos acreditavam na recuperação. Neide não resistiu e se foi deixando saudades para família, amigos e principalmente aos milhares de crianças, adolescentes e jovens para quem dedicou toda a vida.

Formada como assistente social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, especialista em políticas públicas e direitos da criança e do adolescente, Neide ficou a frente do Comitê Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes desde 2004, permanecendo até quando a doença a venceu.


As crianças não têm dono, são patrimônio do País”, Neide Castanha

Na sua trajetória, grandes conquistas. Entre elas, a mobilização nacional para aprovação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), a luta em defesa dos adolescentes privados de liberdade, e a capacidade de organizar lideranças de vários países para a realização do III Congresso Mundial de Enfrentamento à Violência Sexual, no Rio de Janeiro, em 2008.

Neide foi também uma das principais responsáveis pelo desenvolvimento da metodologia de uma importante ferramenta para o combate a violência infanto-juvenil, o Disque Denúncia -100, para notificação de casos de violação dos direitos sexuais de crianças e adolescentes.

Uma das primeiras reportagens que fiz, ainda na faculdade, foi justamente por ocasião da mobilização do 18 de maio, Dia Nacional do Enfrentamento ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, na Esplanada dos Ministérios, em 2006. Lá estava ela, orgulhosa com a grande mobilização de meninos e meninas que subiram na rampa do Congresso Nacional para entregar o abaixo assinado com cinco mil assinaturas, que reivindicava uma maior proteção as vítimas e uma consequente punição àqueles que violentam sexualmente a população infanto-juvenil do país. “Esquecer é permitir, lembrar é combater!”

Por seu relevante trabalho, Neide recebeu premiações e homenagens, como o “Prêmio Claudia 2009” e o “Prêmio Mulher Cidadã Bertha Lutz”, ambos pelo amplo trabalho realizado a favor dos direitos de crianças e adolescentes.

Para amigos, familiares e militantes da área dos direitos humanos, os prêmios reconhecem a trajetória de ousadia de Neide Castanha. “Nossas crianças e adolescentes perdem uma grande aliada, as instituições que trabalham na área da violência sexual uma profissional comprometida com essa causa e o Brasil uma de suas maiores especialistas na área”, conta a amiga e socióloga Graça Gadelha.

Neide Castanha foi uma mulher que sempre aceitou desafios e enfrentou barreiras. Nesta terça-feira, ela encerrou uma missão iniciada na Praça da Sé, em São Paulo , durante os trabalhos da faculdade, onde começou a olhar e lutar por crianças e adolescentes carentes, famintos, violentados, necessitados –, maioria ainda invisível aos olhos de brasileiros e governantes.


Reportagem, Suely Frota

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Mulheres, Trabalho e Família

A partir da década de 70 até os dias de hoje, a participação das mulheres no mercado de trabalho tem apresentado uma espantosa progressão. Se em 1970 apenas 18% das mulheres brasileiras trabalhavam, chega-se a 2002 com metade delas em atividade.

No entanto, o trabalho das mulheres não depende tão somente da demanda do mercado e das suas qualificações para atendê-la, mas decorre também de uma articulação complexa de características pessoais e familiares. A presença de filhos, associada ao ciclo de vida das trabalhadoras, à sua posição no grupo familiar - como cônjuge, chefe de família etc -, à necessidade de prover ou complementar o sustento do lar , são fatores que estão sempre presentes nas decisões das mulheres de ingressar ou permanecer no mercado de trabalho.

Tradicionalmente, os efeitos da maternidade na vida profissional das mulheres eram evidenciados, até a década de 70, pela diminuição das taxas femininas de atividade a partir da idade de 25 anos, quando, presumivelmente, os filhos eram ainda pequenos.

A partir de meados dos anos 80, entretanto, uma reversão dessa tendência vem se consolidando, indicando que a atividade produtiva fora de casa tornou-se tão importante para as mulheres quanto a maternidade e o cuidado com os filhos. Em primeiro lugar, os efeitos da maternidade no trabalho feminino permanecem, mas foram bastante atenuados, uma vez que as taxas de atividade das mulheres com idade entre 25 e 29 anos passaram a se assemelhar - e até superar - àquelas das mulheres entre 20 e 24 anos.

Ainda que a presença de crianças pequenas seja um limitador real da atividade feminina, outras variáveis podem vir a estimulá-la: a presença de serviços públicos e particulares de atenção à maternidade ( mais comuns em zonas urbanas), a necessidade econômica das famílias para fazer frente, seja ao desemprego de vários de seus membros, seja à renda domiciliar diminuída ou mesmo, ainda que em menor medida, a presença de um maior poder aquisitivo de um segmento de famílias o qual, mesmo na ausência daqueles serviços, propiciam às trabalhadoras o necessário suporte para a sua ausência do lar. É isso que os dados para 1998 parecem sinalizar e que fica ainda mais claro em 2002: neste último ano, a taxa de atividade das mulheres com filhos com idade até 2 anos (51,9%) apresenta-se apenas um pouco menor que aquela total (54,0%) , embora ainda distante da taxa das mulheres com filhos maiores de 7 anos ( 69,1%), as quais, mais liberadas do cuidado com crianças pequenas, podem se dedicar mais integralmente ao trabalho.

Em segundo lugar, as mulheres têm permanecido no mercado de trabalho cada vez por mais tempo: se em 1970 apenas 19% e 15%, respectivamente, das mulheres com idade entre 40 e 49 anos e 50 e 59 anos estavam ativas, em 2002 as taxas de atividade nas mesmas faixas etárias eram, respectivamente, 66,7% e 50%.

Outro indicador , revelador desse movimento , é a crescente participação das cônjuges no mercado de trabalho: num período de 22 anos ( 1980/2002) as suas taxas de atividade passaram de 20 para 56%, portanto, quase triplicando no período.

Também em 2002 , ¼ dos chefes de família brasileiros eram do sexo feminino; entre as regiões do país, a maior taxa se verificou na região Norte (28,7%) e, a menor, na Sul (23,8%) e entre todas as unidades da federação, foi no Amapá onde se verificou a maior proporção de chefes de família do sexo feminino no país (40,7%). Em contrapartida, a menor foi encontrada no Estado de Mato Grosso: apenas 20% dos chefes de família eram mulheres.

Na maioria das unidades da federação, predominam entre as chefes de família as mulheres pretas e pardas e, invariavelmente, o rendimento mensal dos domicílios chefiados por mulheres é inferior àquele dos domicílios cujos chefes são do sexo masculino. Assim, em 2002, 53% das chefes de família contavam com um rendimento domiciliar mensal de até 3 salários-mínimos (SM) e apenas 45% dos chefes do sexo masculino. Observe-se ainda que em menos de 5 anos, entre 1998 e 2002 o nível de rendimento das famílias, sejam elas chefiadas por homens ou mulheres se deteriorou visivelmente: em 1998, 35,3% e 42,4% dos domicílios chefiados, respectivamente, por homens e mulheres auferiam até 3 SM mensais.

É possível afirmar, portanto, que, no âmbito da oferta de trabalhadoras, tem havido significativas mudanças. Restam, no entanto, algumas continuidades que dificultam a dedicação das mulheres ao trabalho ou fazem dela uma trabalhadora de segunda categoria. Em primeiro lugar, as mulheres seguem sendo as principais responsáveis pelas atividades domésticas e pelo cuidado com os filhos e demais familiares, o que representa uma sobrecarga para aquelas que também realizam atividades econômicas. Exemplificando concretamente essa sobrecarga, confronte-se a grande diferença existente entre a dedicação masculina e a feminina aos afazeres domésticos: os homens gastam nessas atividades, em média, 10,6 horas por semana e as mulheres, 27,2 horas. Outra medida é o número de horas mais freqüente dedicado a essas tarefas: 7 horas semanais para os homens e 20 horas para as mulheres.

Estando ou não no mercado, todas as mulheres são donas-de-casa e realizam tarefas que, mesmo sendo indispensáveis para a sobrevivência e o bem-estar de todos os indivíduos, são desvalorizadas e desconsideradas nas estatísticas, que as classifica como "inativas, cuidam de afazeres domésticos". Numa perspectiva conservadora, passando a considerar na taxa de atividade feminina o percentual das mulheres que, em 2002, se dedicavam exclusivamente aos afazeres domésticos (ou as donas-de-casa em "período integral") , a taxa de atividade global das mulheres seria muito superior,_ 72,3%, praticamente empatando com a dos homens.


Fonte:http://www.fcc.org.br/mulher/series_historicas/mtf.html

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Crise nas cadeias


Albari Rosa/Gazeta do Povo / Os presídios brasileiros não respeitam a legislação que prevê celas individuais com 6 metros quadrados de tamanho. A superlotação virou cena comum nas cadeias Os presídios brasileiros não respeitam a legislação que prevê celas individuais com 6 metros quadrados de tamanho. A superlotação virou cena comum nas cadeias
superlotação

Vagas não crescem na mesma proporção de presos

Investimentos do governo são insuficientes para mudar o panorama das prisões paranaenses

Publicado em 25/01/2010 | Vinicius Boreki e Guilherme Voitch

Embora o número de vagas em penitenciárias paranaenses tenha dobrado entre 2003 e 2009, o sistema carcerário do estado segue lotado e continua a sobrecarregar os distritos policiais dos municípios. A principal prova do esgotamento aconteceu na semana passada, quando a Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania (Seju) cogitou a reativação da Penitenciária Provisória de Curitiba (PPC), o antigo presídio do Ahú, para abrigar 408 presos, en­­quanto é executada a reforma das galerias da Penitenciária Central do Estado (PCE), destruídas após a rebelião dos dias 14 e 15. A necessidade de uso de um presídio desativado há três anos se deve à lotação das demais unidades prisionais.

Em 2003, início da gestão do governador Roberto Requião (PMDB), havia 6,5 mil vagas em penitenciárias. Ao fim de 2009, o número saltou para 14,5 mil. Até o fim deste ano, o governo promete inaugurar outros dois estabelecimentos: o Centro de Detenção e Ressocialização de Cruzeiro do Oeste e a Penitenciária de Regime Semiaberto de Maringá, criando novas 1,3 mil vagas. No mesmo período, outros cinco presídios foram reformados, e a PCE também passaria por recuperação, mas o motim dos presos eclodiu antes disso. Os investimentos, no entanto, foram insuficientes para mudar o panorama das penitenciárias.

Condições mínimas

Cadeias não respeitam recomendações da ONU

A Organização das Nações Unidas e as diretrizes para a construção de presídios recomendam unidades com menos de 800 vagas. Na gestão de Requião, 7 dos 11 presídios construídos (excluindo as unidades de regime aberto) operam acima dessa capacidade. “Quanto maior o número de presos, mais difícil é a administração prisional. Demanda maior número de agentes e, em geral, o estado não tem servidores suficientes”, explica Marcos Rolim, professor do Instituto Porto Alegre e Membro do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária. “Degrada o atendimento ao preso, pois a higiene tende a decair, assim como a qualidade da comida”, completa.

Tendência

O que ocorre no Paraná se repete no Brasil. O país, aliás, apresenta a tendência de encarceramento em massa. Em regime fechado, é ideal não ultrapassar 900 detentos, na avaliação de Maurício Kuehne, professor de Direito Penal do Centro Universitário Curitiba e ex-diretor do Departamento Penitenciário Nacional (Depen). “Uma grande concentração de presos é indicativo de que problemas podem ocorrer. Nos estabelecimentos com mais de 900 encarcerados geralmente acontecem as rebeliões”, afirma.

O descumprimento da lei não está apenas na construção dos presídios. Segundo a legislação, cada detento deveria ter cela individual e área mínima de 6 metros quadrados.

“Os projetos de penitenciárias, porém, planejam celas com triliches ou quadriliches, degradando a execução penal”, diz Rolim. (VB e GV)

Ressocialização

Falta incentivo aos egressos para conseguir emprego

Por que quem cumpre pena geralmente volta a praticar crimes? Complexa, a resposta da questão passa pelo comportamento e pelo preconceito de toda a sociedade. O estigma de cometer um delito acompanha o ex-detento por toda a vida e geralmente chega ao ouvido dos futuros patrões, inviabilizando a possibilidade de trabalho. E a falta de oportunidades reserva basicamente uma única opção ao ex-presidiário: voltar a infringir a lei. “É como se a sociedade o empurrasse novamente para o mundo do crime”, opina Marcos Rolim. Por isso, as empresas e o governo precisam incentivar a criação de oportunidades de trabalho para os egressos.

Aposta do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para a ressocialização de presos, o Projeto Começar de Novo ainda não ofereceu nenhuma vaga no Paraná.

Perspectivas

“A educação e a assistência ao egresso precisam ser bem trabalhadas dentro dos presídios. É preciso oferecer perspectiva de futuro ao preso”, afirma Maurício Kuehne, ex-diretor do Depen. Segundo Kuehne, o Paraná, nesse aspecto, está acima da média na questão de educação e de trabalho ao preso durante a estadia nas cadeias. Para Rolim, é preciso haver parceria entre governo e iniciativa privada para solucionar essa questão.

Caso contrário, as penitenciárias também vão seguir inchadas de reincidentes. (VB e GV)

Dados do Ministério da Justiça (MJ) explicam o motivo da lotação das penitenciárias, apesar do avanço. Em dezembro de 2006, o Paraná tinha 18,1 mil detentos, sendo 9,4 mil no sistema penitenciário e 8,7 mil nas delegacias. Em junho de 2009, o número total saltou para 27,2 mil: 13,1 mil em distritos policiais e 14,1 mil nos presídios. Ou seja, em três anos, o índice de encarcerados, tanto em delegacias quanto em prisões, cresceu 50% no estado. As vagas nas penitenciárias não conseguiram absorver os detentos das delegacias.

Números opostos ao do Brasil, conforme o ministério. O crescimento de presos em território nacional no mesmo período subiu de forma praticamente irrelevante: de 447,8 mil, em 2006, para 449,9 mil, em junho de 2009. Na média nacional, apenas 14% do total de presos estão nas delegacias.

Para especialistas, apesar da diferença entre o país e o estado, a realidade do Paraná se repete em outros lugares. “É necessário observar o quadro como um todo e com cautela. Há estados que não informaram corretamente o número de presos, o que causa discrepância”, afirma o professor de Direito Penal do Centro Universi­tário Curitiba e ex-diretor do De­­par­­­ta­mento Penitenciário Na­­cional (Depen) Maurício Kuehne. Professor titular de Processo Penal da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Jacinto Nelson de Miranda Coutinho considera o aumento de detentos consequência do crescimento populacional. “Aumenta a população, sobem os crimes e as condenações”, diz.

O déficit histórico de vagas no sistema penitenciário se transforma em outro fator a ser vencido pelos próximos governantes. “O governo Requião já herdou esse problema. Está matematicamente comprovado: os investimentos no sistema carcerário não acompanham o crescimento da criminalidade. É um aspecto crônico e histórico do estado”, afirma Kuehne. A crise penitenciária evidenciada com a rebelião da PCE já existia nas décadas de 1970 e de 1980, na avaliação de Miranda Coutinho. “A defasagem é muito grande. Mesmo que se construam inúmeros presídios, o número de vagas vai estar abaixo da necessidade”, diz.

A lógica acaba se refletindo também na estrutura de pessoal que lida com os detentos. Re­­solu­­ção do Conselho Nacional de Políti­­ca Criminal e Penitenciária determina que para cada grupo de 500 presos exista um médico, um en­­fermeiro, um dentista e um advogado. Dados do InfoPen, no entanto, mostram que a proporção não é seguida: 36 médicos atuam no sistema carcerário para 23.263 presos (contando com os detentos do regime aberto que também têm direito de receberem assistência do sistema prisional). Um único mé­­dico, portanto, é responsável por 646 presos. Cada advogado público é responsável por 1.118 detentos; cada dentista, por 1.368; e cada enfermeiro, por 1.292.

A reportagem da Gazeta do Povo tentou contato com a assessoria de imprensa da Secretaria de Justiça na quinta-feira e na sexta-feira, mas não obteve retorno.

Reforma

Criado na década de 1940, o Código Penal em vigor no Brasil é considerado defasado por Miranda Cou­tinho e Marcos Rolim, professor do Instituto Porto Alegre e Membro do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária. A rigor, conforme a legislação, praticamente todos os tipos de crimes são punidos com prisão. Na opinião dos dois professores, uma reforma da lei poderia auxiliar no controle da questão penitenciária. “É me­­lhor evitar que as pessoas precisem ir à cadeia. Como, em geral, elas não oferecem boas condições, deixam de cumprir sua finalidade. Não raro, o sujeito chega como la­­drão e sai como homicida”, diz Coutinho. “Só que, no meio desse processo, alguém vai se transformar em vítima inocente”, acrescenta.

No país, já existe esforço para aplicar e conscientizar sobre a importância e necessidade das penas alternativas, mas, ainda assim, continuam sendo a exceção. “Precisamos saber, de fato, quem devemos prender. As prisões deveriam estar reservadas para as pessoas consideradas perigosas, como o homicida ou quem comete crime sexual”, afirma Rolim. Isso, contudo, não acontece. Os crimes de menor gravidade, inclusive contra o patrimônio, são punidos com prisão, havendo grande mistura entre os detentos. Com isso, as penitenciárias se tornam as verdadeiras escolas do crime. “A punição precisa tocar o sujeito de uma maneira que ele não tenha vontade de cometer crimes”, diz Coutinho.

GAZETA DO POVO 25/01 às 07:32h


sábado, 23 de janeiro de 2010

Com alusão a "Juno", Ipea questiona políticas contra gravidez precoce


IPEA CRITICA DESPREPARO AO LIDAR COM A SAÚDE DO ADOLESCENTE
UOL CIÊNCIA E SAÚDE

A prevalência da gravidez na adolescência na população continua concentrada nas classes com menor poder aquisitivo: 44,2% das meninas de 15 a 19 anos com filhos pertencem à faixa de renda familiar per capita de até meio salário mínimo. Isso significa que quase 18% das jovens do estrato de renda mais baixo no país são mães.

Ter um filho, para essa classe social, significa abandonar a escola e ter o futuro profissional comprometido, como aponta a análise. Das meninas com idade entre 10 e 17 anos sem filhos, somente 6,1% não estudam. Já entre as que têm filhos, a proporção chega a 75,7%, sendo que 57,8% não estudam nem trabalham.

Alcance limitado

Segundo o Ipea, o projeto mais significativo do Ministério da Saúde em relação a adolescentes é o Saúde e Prevenção nas Escolas (SPE), de 2003. Contudo, os jovens que têm filhos em geral já abandonaram o ambiente escolar.

Nas instituições de saúde, os profissionais não estão preparados para lidar com essa faixa etária, como mostram estudos divulgados pela pasta e citados pelo Ipea. É comum que os atendentes tenham dúvidas éticas, e atuem exercendo um papel de controle sobre a sexualidade, vinculando-a sempre à reprodução, o que afasta o jovem.

Estigma

A análise também reitera que é preciso relativizar a noção de que a gravidez na adolescência é sempre um fenômeno indesejado, negativo e prejudicial. Segundo pesquisas citadas pelo Ipea, meninas de classes mais baixas muitas vezes buscam no filho a possibilidade de construir sua identidade e se sentir com mais poder.

Para muitas adolescentes, o projeto de vida profissional dá lugar ao de construir uma família, o que muitas vezes é valorizado entre o grupo de amigas. Além disso, as meninas acreditam ser capazes de ser mães, uma vez que frequentemente têm de cuidar de irmãos mais novos.

Contracepção

O livro ressalta o avanço das políticas públicas que ampliaram a oferta de métodos contraceptivos para usuários do SUS (Sistema Único de Saúde), incluindo a distribuição da pílula do dia seguinte. No entanto, dados de 2006 indicam que somente 36,7% das meninas entre 15 e 19 anos utilizam algum método.

Como provam as pesquisas, os jovens conhecem as formas de prevenir a gravidez e sabem onde conseguir anticoncepcionais, mas não os utilizam os métodos com regularidade. As razões para isso são complexas e muitas vezes envolvem o receio das meninas de serem vistas como experientes demais, o que é avaliado negativamente pelos meninos.

A desigualdade nas responsabilidades de homens e mulheres em relação a filhos também é outro ponto abordado. Um exemplo é a tarefa de prevenir a gravidez, sempre atribuída à mulher. Outro é a ausência do pai na criação do filho, que, associada a mães e avós sobrecarregadas, constitui um fator de instabilidade para crianças que também serão pais ou mães um dia. Ignorar questões mais profundas como essas, segundo o livro, é a grande falha das políticas públicas propostas atualmente.

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CAMPANHA NACIONAL DE ENFRENTAMENTO DA VIOLÊNCIA SEXUAL CONTRA CRIANÇAS E ADOLESCENTES NO CARNAVAL 2010


A Campanha do Carnaval é uma das estratégias articuladas e executadas em parceria entre o Governo, a sociedade civil e organizações e organismos internacionais para o enfrentamento da violência sexual contra crianças e adolescentes e a garantia dos seus direitos. A 5ª edição da Campanha é coordenada pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República - SEDH/PR.

O objetivo é prevenir a violência sexual contra crianças e adolescentes e estimular as denúncias dos casos ao Disque Denúncia Nacional - Disque 100 ou no Conselho Tutelar mais próximo.

Com o slogan "Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes é Crime. denuncie! Procure o Conselho Tutelar de sua cidade ou Disque 100", a campanha de 2010 relaciona o enfrentamento da violência sexual de com imagens típicas do Carnaval. Por isso, traz como marca um pierrô com uma lágrima escorrendo no rosto. A lágrima denota aqui a dor e o sofrimento de meninas e meninos vítimas de violência sexual.

Em 2010 a campanha estará presente em 14 cidades: Rio de Janeiro, Salvador, Recife, Fortaleza, Manaus, Belém, São Paulo, Vitória, Corumbá, Porto Alegre, Brasília, Florianópolis, Porto Velho e Belo Horizonte.

Durante as folias de Carnaval serão distribuídas camisetas, abanadores, cartazes, adesivos, bandanas, fitas para amarrar no pulso, tatuagens temporárias, além de peças em inglês e espanhol para uso da Polícia Federal junto aos turistas estrangeiros.

A solicitação de artes gráficas deve ser feita por meio do endereço eletrônico: campanhacarnaval@sedh.gov.br .

http://www.presidencia.gov.br/estrutura_presidencia/sedh/spdca/exploracao__sexual/campanhas/






sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Análise não detecta causador de surto de diarreia em SP

Análises feitas pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) das amostras das águas das praias de Astúrias, no Guarujá, e José Menino, em Santos, no litoral sul de São Paulo, não constataram a presença de microrganismos denominados "bacteriófagos F-específicos", causadores de doenças gastrointestinais, cujos principais sintomas são vômitos e diarreias. Porém, o resultado negativo não permite, segundo a Cetesb, conclusões definitivas sobre a presença de organismos entéricos nas amostras.

As pesquisas serão focadas na detecção do enterovírus, que podem causar vários tipos de doenças, entre elas as gastroenterites. A análise, que envolve ensaios com culturas celulares, bastante complexos, deverá demorar cerca de mais um mês. O Instituto Adolfo Lutz, que também faz análises, divulgou a informação de que organismos conhecidos como norovírus, que igualmente causam gastroenterites, não foram detectados nas amostras.

Fonte: http://noticias.uol.com.br/ultnot/agencia/2010/01/22/ult4469u52163.jhtm

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Adoção internacional de crianças e adolescentes no Haiti

De acordo com o Guia do Alto Comissariado para Refugiados da Organização das Nações Unidas (ONU) e o Serviço Social Internacional (ISS), organização que é referência mundial para o tema da adoção, a Subsecretária para Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República (SEDH/PR) e presidente do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), Carmen Oliveira, informa que a adoção internacional não deve ocorrer em situações de instabilidade como guerras, calamidades e desastres naturais, por não ser possível verificar o histórico pessoal e familiar da criança que se pretende colocar em adoção, como a atual situação no Haiti.

Ainda segundo a orientação dos organismos internacionais, o deslocamento das crianças para outros países, ou a sua colocação temporária em famílias substitutas, deve ser evitado por ser considerado traumático. Uma ruptura adicional àquela já sofrida por ocasião do desastre natural ou situação de calamidade pode aumentar o forte impacto psicológico vivenciado pela criança.

Os esforços das autoridades governamentais e organizações de sociedade civil devem se voltar para prover medidas de proteção imediatas, tais como alimentação, assistência médica e psicológica, e de reaproximação ao grupo familiar e social.

Fonte: http://www.presidencia.gov.br/estrutura_presidencia/sedh/noticias/ultimas_noticias/MySQLNoticia.2010-01-18.1653

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Estados ameaçam com 'caos' tributário

Os governos de Rondônia, do Paraná e do Pará prometem radicalizar a guerra fiscal entre os Estados e interromper, a partir de 1º de fevereiro, a validade nacional de acordos tributários que vigoram há décadas, informa a reportagem de Márcio Aith, publicadas nesta quarta-feira pela Folha(a íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL).

A decisão dos três Estados será comunicada hoje ao Confaz (Conselho Nacional de Política Fazendária), órgão criado em 1975 que, sob a coordenação do Ministério da Fazenda, decide questões relativas ao ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).

Entre os convênios que seriam extintos, estão aqueles que retiram o ICMS na venda de refeição popular, de equipamentos para deficientes físicos, de trilhos e locomotivas, de material de construção, de insumos agrícolas, de remédios e na importação de aeronaves.

"Vamos parar tudo", disse à Folha o secretário de Finanças de Rondônia, José Genaro de Andrade. "Cansamos de ser ignorados por São Paulo."

A decisão, extrema, decorre do fracasso de um acordo que vinha sendo costurado desde 2009 pelo secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Machado, presidente em exercício do Confaz.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u681920.shtml

terça-feira, 19 de janeiro de 2010


Ministério da Saúde cadastra voluntários para ajuda ao Haiti
Mais de 500 profissionais de saúde já se colocaram a disposição para auxílio à população do país. Força será utilizada para reorganizar rede de atendimento localO Ministério da Saúde disponibilizou nesta segunda-feira (18) o endereço eletrônico missaodeajudahaiti@saude.gov.br para que profissionais de saúde possam indicar interesse em ser voluntários na ajuda do Brasil à população do Haiti, atingido na última segunda-feira por um terremoto. Somente da rede do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), dos Hospitais Federais do Rio de Janeiro e do Grupo Hospitalar Conceição, do Rio Grande do Sul, cerca de 500 pessoas colocaram-se a disposição do esforço brasileiro. As primeiras equipes devem sair nesta semana. Também estão disponíveis 20 ambulâncias e 23 motolâncias do Samu.“Isso mostra a solidariedade e capacidade dos profissionais de saúde do Brasil. Estamos prontos para organizar e atender situações de desastres, tanto nacionais, como no caso das enchentes, quanto na ação internacional, na ajuda ao Haiti”, afirma Clesio Castro, Coordenador Geral de Urgência e Emergência.O sistema de saúde do Haiti está em colapso, diz Castro, pois os prédios dos hospitais e as unidades de saúde desmoronaram com o terremoto. A estratégia é que os voluntários façam parte da reorganização do sistema de saúde local. Cada equipe, de 50 a 100 profissionais, deve ficar no país por cerca de 15 dias. Segundo o coordenador, a situação é crítica, o que acarretará no desgaste dessas equipes, exigindo a rotatividade de pessoas.O interessado deve enviar seu nome completo, indicar a formação e instituição para a qual trabalha, apontar se possui alguma experiência em situações de desastres e informar tempo disponível. O cadastro será analisado pelo Gabinete de Crise, conforme a necessidade apontada em cada momento de auxílio ao Haiti. A adesão, portanto, não dá a certeza de envio do profissional de saúde.Os primeiros grupos a sair do país têm autonomia para seu cuidado e treinamento para situações de desastres. O Gabinete de Crise brasileiro também estuda como poderá auxiliar a reconstrução de unidades permanentes de saúde, uma vez que atualmente estão sendo utilizados os hospitais de campanha das Forças Armadas.Na quinta-feira (14), foi iniciado o embarque de 20 kits de medicamentos e insumos estratégicos para a assistência farmacêutica ao Haiti. O material, com um total de 258 mil unidades de diversos produtos, é suficiente para atender 10 mil pessoas por um período de três meses. Outros 10 kits já estão à disposição do Gabinete de Crise para embarque.Cada caixa contém antiinflamatórios, antibióticos, anti-hipertensivos, diuréticos, analgésicos, para o combate a dermatoses e sais de reidratação oral, além de seringas, luvas, esparadrapos e hipoclorido de sódio, para o tratamento de água potável, entre outros componentes. A medida integra o plano emergencial de socorro ao país desenvolvido entre o governo brasileiro e o comando da Força de Paz da Organização das Nações Unidas (ONU) presente no Haiti.
Postado por Lobo Noticias .

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Bebê haitiano recebe nome de médica brasileira que fez o parto

Uma mulher grávida entrou em trabalho de parto enquanto recebia atendimentos médico na base militar brasileira no Haiti. Ela foi resgatada de um prédio que desmoronou com o terremoto da última-terça-feira.

O bebê ganhou o nome de Daniela em uma homenagem a tenente médica do Exército Brasileiro Daniela Gil, que fez o parto da mãe.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/videocasts/ult10038u680637.shtml

sábado, 16 de janeiro de 2010

Missa às 14 horas marca a despedida do público a Zilda Arns

Daniel Castellano / Agência de Notícias Gazeta do Povo / A fila de pessoas para dar o último adeus a Zilda Arns permanecia durante a noite
A fila de pessoas para dar o último adeus a Zilda Arns permanecia durante a noite
Morte no Haiti

Diversas autoridades, incluindo o presidente Lula, estiveram na sexta-feira no velório. Enterro será fechado para o público.

Uma missa de corpo presente, prevista para as 14 horas deste sábado (16) marca a última despedida do público à médica pediatra e sanitarista Zilda Arns Neumann, que morreu no forte terremoto que abalou o Haiti. Na sexta-feira (15), quando teve início o velório da fundadora e coordenadora internacional da Pastoral da Criança, diversas autoridades, entre elas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, estiveram em Curitiba para o último adeus à médica.

Neste sábado, o dia começou com pouco movimento e sem filas para visitação ao velório de Zilda, que é realizado no Palácio das Araucárias, sede do governo estadual. Segundo a assessoria de imprensa da Pastoral da Criança, ao longo da madrugada diversas caravanas de voluntários da entidade, vindos do interior do Paraná e de estados como Santa Catarina, Bahia e Ceará, passaram pelo local.

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Palácio das Araucárias
Rua Jacy Loureiro de Campos, s/nº
Centro Cívico, Curitiba
Telefone: (41) 3350-2400

Vida dedicada à saúde pública

Nascida em 25 de agosto de 1934, em Forquilhinha (Santa Catarina), Zilda Arns Neumann morava em Curitiba desde os 10 anos de idade, quando se mudou com a família. Formada em Medicina, escolheu o caminho da saúde pública desde cedo. Trabalhou inicialmente como pediatra do Hospital de Crianças Cezar Pernetta, na capital paranaense, e posteriormente como diretora de Saúde Materno-Infantil, da Secretaria de Saúde do Estado do Paraná.

Arcebispo emérito de Curitiba, Dom Pedro Fedalto celebrou missa antes de velório ser aberto ao público

Até o início da noite de sexta, aproximadamente 5 mil pessoas passaram pelo Palácio das Araucárias. A Polícia Militar (PM) deve divulgar uma estimativa mais atualizada sobre o número de visitantes até o fim desta manhã. O sepultamento do corpo da missionária está marcado para as 17 horas, em cerimônia restrita à família, no Cemitério Água Verde.

Para a manhã deste sábado está prevista a visita da senadora Marina Silva (PV-AC), que confirmou presença no velório.

Autoridades se despedem de Zilda Arns

Lula chegou ao prédio por volta das 20h30 de sexta-feira. Primeiramente, ele se reuniu com o governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB) e depois se encontrou com familiares de Zilda Arns. O presidente veio a Curitiba acompanhado de uma comitiva de trinta pessoas, entre ministros e assessores, inclusive a ministra da Casa Civil e pré-candidata à Presidência da República, Dilma Rousseff. Na saída, Lula falou rapidamente com a imprensa.

Ele disse que os quatorze soldados que morreram e os desaparecidos estão simbolizadas na figura de Zilda Arns. “É uma perda muito grande para o Brasil e para o mundo. Zilda Arns foi uma pessoa que dedicou a vida para os mais necessitados e morreu fazendo o bem mais sagrado, ajudando os necessitados”, afirmou Lula.

Neste sábado, até as 9h30, estiveram pelo local o ex-prefeito de Curitiba e Secretário de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente do Distrito Federal, Cassio Taniguchi, e o deputado federal Angelo Vanhoni (PT).

Também estiveram presentes, na sexta-feira, o presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer (PMDB-SP), o prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB), o vice-prefeito, Luciano Ducci (PSB), o senador Alvaro Dias (PSDB), o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), e o governador de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira (PMDB).

Leia aqui o que parentes e autoridades falaram sobre Zilda Arns.

Sepultamento

Ainda no Palácio das Araucárias, está programada para as 14 horas deste sábado a missa de corpo presente da médica. O culto será exibido em telões na Praça Nossa Senhora de Salete - situada nas proximidades do Palácio das Araucárias - para que a população também possa acompanhá-lo, e pela internet, em um link que será disponibilizado no site da Pastoral da Criança. Após a celebração haverá o sepultamento no Cemitério da Água Verde, em cerimônia restrita aos familiares.

Visitação pública

Momentos antes da porta do Palácio das Araucárias se abrir para o público, cerca de 500 pessoas, inclusive crianças, já formavam uma fila em frente ao prédio. As duas primeiras pessoas, Maria Olina Aparecida e Justina Ângela Basso, voluntárias da Pastoral, estavam no local desde as 8 horas. “Como curitibanas, queremos ser as primeiras a acolher e recepcionar as pessoas que virão de outros lugares aqui hoje”, contou Justina.

Houve fila do lado de fora do Palácio durante todo o dia. Até por volta das 22 horas, ainda havia gente esperando para prestar uma última homenagem a médica. A previsão era de que o velório ficasse aberto à visitação publica durante toda a madrugada.

Chegada ao Brasil

O caixão com o corpo da missionária chegou por volta das 11h30 ao Palácio, depois de ser levado em um caminhão do Corpo de Bombeiros, em um cortejo que saiu do Aeroporto Internacional Afonso Pena, na região de Curitiba.

O avião que trouxe o corpo da médica chegou por volta das 3h30 em Brasília, e partiu às 8h30 da base da Força Aérea Brasileira (FAB) com destino ao Paraná. No Aeroporto Afonso Pena, o avião pousou por volta das 10h20. O caixão saiu, por volta das 10h50, em um cortejo com destino ao Palácio das Araucárias.

O senador Flávio Arns, sobrinho de Zilda, acompanhou o transporte do corpo desde o Haiti. Cerca de 50 familiares foram autorizados a ir até a pista do aeroporto para acompanhar a retirada do caixão da aeronave. Do terminal, a urna funerária seguiu em um caminhão do Corpo de Bombeiros, escoltado pela Polícia Militar (PM) e seguido por carros de parentes de Zilda.

Logo que chegou ao Palácio das Araucárias, por volta das 11h30, a urna funerária foi diretamente levada à sala onde acontece o velório, mas as portas do prédio não foram imediatamente abertas ao público. Entre as 11h45 e 12h15, o arcebispo emérito de Curitiba, Dom Pedro Fedalto, acompanhado de outros religiosos, fez uma oração à Zilda no local do velório. Ele fez um agradecimento ao trabalho da missionária.

Flores

Segundo os familiares, seria o desejo de Zilda Arns que no lugar de coroas de flores, fossem feitas doações para o trabalho da Pastoral da Criança. Quem quiser fazer contribuições deve acessar o site www.pastoraldacrianca.org.br.

A tragédia

Zilda morreu na terça-feira (12), aos 75 anos, vítima do forte terremoto que abalou o Haiti. A informação foi divulgada na manhã de quarta (13) pelo gabinete do senador Flávio José Arns (PSDB-PR), sobrinho de Zilda, e confirmada pela presidência da República.

A médica havia chegado em Porto Príncipe no último domingo (10) para um encontro com bispos e realizaria, às 10h desta quarta-feira, uma palestra sobre a Pastoral da Criança na Conferência Nacional dos Religiosos do Caribe. Na quinta-feira, teria um encontro com representantes de ONGs. A viagem de volta ao Brasil estava prevista para a sexta-feira (15).


GAZETA DO POVO 16/01 às 10:03h