quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Mapa da aids no Brasil



1º de dezembro: Aids no Brasil e no mundo

Postado em 01. dez, 2009 por Campanha16Dias_Coordenacao em Datas marco, Viver sem Violência


De acordo com o Boletim Epidemiológico Aids/DST 2009, do Ministério da Saúde, houve uma redução de 15% na taxa de incidência da aids nos grandes centros urbanos no período de 1997 a 2007. Entretanto, no mesmo período, dobrou a incidência nos municípios com menos de 50 mil habitantes – o que indica que a epidemia caminhou para o interior do país.

Os grandes centros urbanos do país (39 municípios com mais de 500 mil habitantes) concentram 283.191 casos de aids (52% do total de casos acumulados). O conjunto das 4.982 cidades com menos de 50 mil habitantes (90% dos municípios brasileiros) concentram 34% da população e 15,4% dos casos de aids identificados no país, em 2007.

Quanto aos municípios de médio e grande porte, dos 100 municípios com mais de 50 mil habitantes que apresentam maior taxa de incidência de aids, os 20 primeiros da lista estão no Sul. A tendência de crescimento de aids nas cidades menores e queda nas maiores confirma-se nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul. Mas, Norte e Nordeste apresentam um perfil diferente. Ocorre aumento da taxa de incidência, quando se compara 1997 com 2007, tanto em municípios grandes quanto em pequenos.

Feminização da aids
O número de mulheres infectadas tem aumentado consideravelmente do início da epidemia para os dias atuais. Em 1986, a razão era de 15 casos de aids em homens para cada caso em mulheres. A partir de 2003, a razão de sexo estabilizou-se. Para cada 15 casos em homens, existem 10 em mulheres.
Entre jovens de 13 a 19 anos, o número de casos de aids é maior entre as meninas. A inversão vem desde 1998, com 8 casos em meninos para cada 10 casos em meninas.
Entre homens, a taxa de incidência em 2007 foi de 22 notificações por 100 mil habitantes e nas mulheres de 13,9.

Em ambos os sexos, as maiores taxas de incidência se encontram na faixa etária de 25 a 49 anos. A taxa apresenta tendência de crescimento a partir dos 40 anos em homens e dos 30 em mulheres, comparando-se 1997 e 2007.

O coeficiente de mortalidade vem-se mantendo estável no país, a partir de 2000, em torno de 6 óbitos por 100 mil habitantes. Nos últimos oito anos, as mortes por aids em homens caem e em mulheres mantêm-se estáveis. Em 2000, foram registrados 3,7 óbitos por aids em cada 100 mil mulheres. Em 2008, o coeficiente foi de 4,1. Em homens, há diminuição de óbitos a partir de 1998 (de 9,6 registros por 100 mil habitantes, em 1998, para 8,1, em 2008*).

Em relação à transmissão vertical, o Brasil reduziu em 41,7% a incidência de casos de aids em crianças menores de cinco anos de idade. O coeficiente de mortalidade também caiu cerca de 70,0% (em 1997, o coeficiente de mortalidade era de 2,0 por 100 mil habitantes, caindo para 0,6, em 2007). A queda na taxa de transmissão da mãe para o bebê é resultado dos cuidados no pré-natal e pós-parto. A taxa de incidência de aids nessa faixa etária é utilizada para monitorar rotineiramente a transmissão vertical do HIV, pois praticamente representa o total de casos (93,9% das notificações). De 1984 a junho de 2009 foram identificados 13.036 casos de aids em menores de cinco anos.

Confira outros dados do Boletim Epidemiológico

Acesse aqui a íntegra da versão preliminar do Boletim Epidemiológico Aids DST

Veja aqui a evolução da taxa de incidência dos 39 municípios com mais de 500 mil habitantes entre 1997 e 2007

Situação da epidemia de aids 2009

De acordo com relatório mundial sobre a epidemia de aids, divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Programa Conjunto da ONU para HIV/Aids (Unaids), o número de novos infectados pela doença reduziu 17% desde 2001. Todas as regiões do mundo progrediram quanto à estabilidade (ou queda) do índice de contaminação.

No mundo, cerca de 33,4 milhões de pessoas estão infectadas com o vírus da Aids, dos quais 15,7 milhões são mulheres. Na América Latina são 2 milhões de pessoas vivendo com HIV – o que representa um crescimento de 25% em relação a 2001, quando o número de contaminados era 1,6 milhão. Segundo o relatório, o aumento da população mundial infectada com o vírus da aids ocorre pela combinação entre novos infectados e o sucesso das terapias antiretrovirais.

Assim, um maior número de pessoas está vivendo mais tempo com a doença, por conta do maior acesso e disponibilidade de medicamentos para o tratamento do HIV. Entre 2007 e 2008, a proporção de pessoas com acesso a tratamento passou de 7% a 42%. Calcula-se que o número de infectados neste período tenha sido 2,7 milhões, e de mortos, menos de 2 milhões. De acordo com o relatório da Unaids e OMS, o número de mortes relacionadas à Aids caiu em mais de 10% nos últimos cinco anos.

As políticas de prevenção do HIV e acesso ao tratamento tem causado impactos positivos no luta contra a aids. Entrentanto, na América Latina houve um aumento da taxa de crianças infectadas (de 6.200 para 6.900, no intervalo de oito anos apontado pela OMS) e de mortes em decorrência da doença (de 66 mil para 77 mil, no mesmo período de tempo).

Leia aqui o sumário geral do Relatório Global sobre a epidemia de aids 2009.

Veja aqui o relatório integral da Unaids e OMS (em inglês): 2009 AIDS Epidemic Update.

Uma vida sem violência é um direito das mulheres. Comprometa-se. Tome uma atitude. Exija seus direitos.

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Exija seus direitos.

Acesse aqui o Plano Integrado de Enfrentamento da Feminização da Epidemia de Aids e outras DST, do Ministério da Saúde, 2007.

Tags: 01 de dezembro, Datas marco

http://www.agende.org.br/16dias/ 02/12 às 07:09

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