segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

No cercadinho com Madonna!

15 de fevereiro de 2010

Por Silvia Rogar


Grazi, deslumbrante como sempre: ainda com fãs, mas livre para sambar no camarote (Foto: Divulgação)

Desde cedo, o circo e o cercadinho de Madonna estavam armados no Sambódromo carioca. Depois de receber da Brahma, na sexta-feira (12), uma doação de 1 milhão de dólares para seus trabalhos sociais, a rainha do pop acertou que iria bater ponto no camarote da cervejaria no primeiro dia de desfile. Mesmo antes de a primeira escola, a União da Ilha, entrar em cena, seguranças já patrulhavam seu chiqueirinho vip. Como Madonna é diva e poderia aparecer a qualquer momento, os fotógrafos circulavam pelo lugar sempre em sinal de alerta. Logo se formou uma fila de seguranças pelos salões, que só fez aumentar as expectativas. Ao todo, eram 80 homens participando do esquema de recepção da cantora, que iniciou a noite no camarote do governador Sérgio Cabral e precisou cruzar o sambódromo. O empresário José Vitor Oliva, organizador do camarote há vinte anos, comandava pessoalmente, aos berros, a operação.

O efeito foi devastador sobre as celebridades nacionais e aspirantes à fama que nos últimos anos foram a salvação do carnaval carioca. Ninguém fora da entourage de Madonna mereceu qualquer coisa parecida com assédio. Justiça seja feita, todas se esforçaram. No palco interno do camarote, Preta Gil comandou um showzinho lotado de famosos. “Vocês só estão me dando atenção porque a Madonna ainda não chegou”, constatou. Susana Vieira, como sempre decotada e em ótima forma para seus quase 70 anos, se esgoelava: "Somos gostooooosas!!!" De minissaia rendada, salto estratosférico e tomara-que-caia, Grazi Massafera, sempre no rol das mais fotografadas, requebrava com o pai, numa cena que no carnaval passado teria feito a delícia dos fotógrafos. “Nossa, que maravilha, não falta espaço para me divertir. Viva a Madonna!”, dizia, aparentemente sincera. A atriz Paola Oliveira também subiu no palco e se acabou de dançar. Enfim, Madonna chegou (“estou muito felice”, disse aos presentes) e monopolizou as atenções, trocando beijos adolescentes com o namorado, o modelo brasileiro Jesus Luz, no parapeito do camarote.

Até o fim da noite, as celebridades brasileiras circularam como simples mortais. Thiago Lacerda, conhecido por sua má vontade com fotógrafos e repórteres, cruzava os salões sem ser abordado uma única vez. Assim como Grazi, parecia não se importar. Já o ex-BBB Alemão não escondia a decepção de assumir o posto de Zé Ninguém. Até Luana Piovani conseguiu armar das suas sem que ninguém percebesse. Bem que tentou chamar a atenção. Ignorou a lei que proíbe fumar em locais fechados, acendeu um malcheiroso cigarro de cravo e discutiu com um segurança que tentou impedir suas tragadas. Como ninguém estava olhando, ele acabou desistindo de fazer a indomável Luana cumprir a ordem. Ela acabou dando suas baforadas em paz. Anonimamente. Não importava barraco, beijo ou mico no Sambódromo. O espetáculo já tinha dona.

VEJA.com 15/02 às 20:30h


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