Por Jorge Serrão
O recente apagão energético eletrizou o presimente Stalinácio da Silva, chamuscou sua candidata Dilma Rousseff e confirmou o perigo real de ter entregado o setor energético brasileiro para o “sistema interligado” de homens de confiança de José Sarney. O inesperado blecaute tirou o suposto brilho de “planejamento” e “boa gestão” com o qual os marketeiros nazipetistas tentam desenhar a imagem de Dilma.
O incidente derrubou as recentes mentiras oficiais da propaganda nazipetista. No último dia 29 de outubro, em declaração ao programa da Radiobrás "Bom dia, Ministro", Dilma declarou: “Nós também temos uma outra certeza, que não vai ter apagão. É que nós hoje voltamos a fazer planejamento”. No dia 23 de março, ao comentar a inauguração do terminal de gás natural liquefeito, na Baía de Guanabara, Lula se vangloriou: “Podermos dizer ao povo brasileiro que nós não corremos risco de apagão em hipótese alguma no Brasil”.
Lula e Dilma acabaram desmentidos pela dura realidade brasileira. Preocupado com o efeito apagão, Lula tentou ontem explicitar as diferenças entre o blecaute de 2001, que desgastou a administração tucana de Fernando Henrique, e o de agora. Lula insistiu que, em sete anos de seu governo, foram feitos 30% de todas as instalações de linhas de transmissão de energia no País em relação a 123 anos de História. Só faltou ele esclarecer que todo o empreendimento foi administrado pelos aliados de José Sarney e do PMDB, com o “planejamento” conjunto da Dilma.
Lula ordenou que ninguém no governo chame o problema de “apagão”. Mandou que se use a expressão “blecaute”. Apagão ou blecaute o problema reacendeu a fragilidade do discurso político eleitoreiro. E comprovou como também é frágil sistema interligado de energia do Brasil. Ficou claro que qualquer falha em uma linha localizada pode provocar um apagão generalizado, em efeito dominó.
Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 12 de Novembro de 2009.
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