segunda-feira, 29 de novembro de 2010



29 de novembro
Dia Internacional de Solidariedade

ao Povo Palestino




Será realizado na segunda-feira, dia 29, ás 18h, na Câmara dos Vereadores de Foz do Iguaçu ato de Solidariedade ao Povo Palestino. O encontro vai reunir autoridades políticas, religiosas e civis de Foz do Iguaçu e Ciudad Del Este. Em Foz, a cidade abriga centenas de palestinos, maioria possui família ou amigos no território oprimido.
Estará presente o representante dos países da Liga Árabe no Brasil, embaixador Bachar Yagui. O manifesto vai somar-se as atividades da Semana de Solidariedade ao Povo Palestino. Na programação de segunda-feira, será lido um manifesto, uma poesia e discursos.
Será entregue aos presentes um ramo de trigo como símbolo para demonstrar a necessidade de união humanitária. “Se unirmos os grãos, mesmo que pequeninos, seremos capazes de alimentar o mundo. Então mesmo que os gestos pareçam distantes, se todos agirem conforme um grão de trigo, também é possível provocar a mudança esperada há 63 anos”, considera a organização do evento.
A realidade vivida pela população de mais de 1,5 milhão de pessoas confinadas em apenas 1,33% de todo o território palestino é classificada como o fim de uma vida digna e a continuação da contagem de órfãos, de mulheres viúvas, de homens executados.
No dia 31 de maio deste ano, o cerco de Israel aos navios com ajuda humanitária, resultando em 19 mortos, mais de 40 feridos e mais de 600 pessoas, representadas por 46 países, feitas reféns, foi o último golpe contra os sitiados.

COMO COMEÇOU
Em 29 de novembro de 1947, portanto há 63 anos, em Assembléia-Geral da ONU, foi aprovada a Resolução nº 181, que decidiu pela partilha do território da Palestina histórica para o estabelecimento de um estado judeu e um árabe, sem qualquer consulta aos habitantes locais.
Como consequência, o Estado de Israel foi implementado em 15 de maio de 1948 e o da Palestina não foi assegurado, culminando na nakba (catástrofe), em que foram expulsos mais de 700 mil palestinos de suas casas e centenas de vilas foram destruídas.
O resultado é a ocupação mais longa do período contemporâneo, que tem sido aprofundada, ao arrepio das leis e convenções internacionais. Uma das maiores injustiças de que se tem notícia.
Consequentemente, todos os direitos inalienáveis do povo palestino têm sido desrespeitados, como à autodeterminação, à saúde, à educação, a transitar livremente.
Um muro em construção desde 2002, que corta a Cisjordânia ao meio – projetado para ter 720 metros de extensão e 9 metros de altura –, e centenas de checkpoints e assentamentos sionistas, além de estradas exclusivas proibidas a palestinos, são símbolos do apartheid que se configura no território ocupado.
Em Gaza, o lugar mais densamente povoado do mundo, com 1,5 milhão de pessoas que se espremem em cerca de 360km2, um bloqueio criminoso tem feito com que grasse a fome e a miséria, numa punição coletiva que deveria ser ainda mais impensável em pleno século XXI.
O território palestino, mediante esses aparatos, é mantido sob a forma de bantustões à la África do Sul. É hoje impossível, por exemplo, ir da Cisjordânia a Gaza.

LEMBRANDO
DIA: 29 DE NOVEMBRO, SEGUNDA-FEIRA.
LOCAL: CÂMARA DOS VEREADORES
CONTATO PARA ENTREVISTAS ATECIPADAS: JIHAD AHMAD ABU ALI 045 99151819


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