segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Equipe de transição tenta barrar gastos de R$ 126 bi

07/11/2010

Despesas constam de projetos em discussão no Congresso

Assunto será dicutido na 1ª reunião do gabinete provisório

De volta a Brasília, Dilma foi à Granja do Torto, o novo ‘lar’

À noite, presidente eleita reuniu-se com Lula, no Alvorada

Assunto será dicutido na 1ª reunião do gabinete provisório

De volta a Brasília, Dilma foi à Granja do Torto, o novo ‘lar’

À noite, presidente eleita reuniu-se com Lula, no Alvorada

Lula Marques/Folha
Realiza-se nesta segunda (8) a primeira reunião formal do chamado gabinete de transição indicado por Dilma Rousseff.

Participam: o vice-presidente eleito Michel Temer; o presidente do PT, José Eduardo Dutra; e os deputados Antonio Palocci e José Eduardo Cardozo.

Até a noite deste domingo (7), não se sabia se Dilma também participará do encontro, no CCBB (Centro Cultural do Banco do Brasil).

Dilma chegou à Capital no início da madrugada de domingo, depois de descansar por quatro dias na cidade baiana de Itacaré.

No fim da tarde, foi à Granja do Torto, que lhe servirá de residência na fase que antecede a posse, marcada para 1º de janeiro.

Planeja deixar a casa alugada pelo PT, no Lago Sul, ao voltar da reunião do G-20, em Seul. Embarca na noite desta segunda (8).

Do Torto, Dilma foi ao Alvorada. Avistou-se com Lula e com o chefe de gabinete dele, Gilberto Carvalho. O teor conversa não foi divulgado.

Entre os temas que constam da pauta do grupo de transição está o desarme de uma bomba relógio de R$ 126 bilhões.

A cifra resulta da soma de projetos que tramitam no Congresso e adicionam despesas extras no Orçamento da União de 2011, primeiro ano da gestão Dilma.

Inclui, por exemplo, reajustes salariais para PMs e bombeiros de todo país, para o Judiciário e para os ministros do STF.

Inclui também uma proposta que extingue a contribuição previdenciária cobrada dos funcionários inativos que continuaram trabalando depois de se aposentar.

Como se fosse pouco, os congressistas engancharam no Orçamento do próximo ano emendas que somam R$ 30 bilhões.

Relator da Comissão de Orçamento, o senador Gim Argello (PTB-DF) diz ter obtido, por meio de uma reestimativa das receitas do governo, adicional de R$ 17,7 bilhões.

O “acréscimo”, ainda sujeito a aferição, não cobre nem as emendas dos colegas de Argello.

Responsável pela parte técnica da transição, Palocci deve discutir o Orçamento, ainda nesta segunda (8), com o ministro Paulo Bernardo (Planejamento).

De resto, prossegue ao longo da semana a tentativa de costura do ministério do “novo” governo.

Indicado por Dilma para cuidar desse pedaço da transição, José Eduardo Dutra deve se reunir nesta terça (9) com o presidente do PCdoB, Renato Rabelo.

Ambição de ‘aliados’ de Dilma é maior que ministério

Harish Tyagi/EFE

O vocábulo que traduz com exatidão o tipo de ambição que move os “aliados” de Dilma Rousseff é “ubiqüidade”. Eles querem estar em toda parte.

Se tivesse de atender a todas as demandas, Dilma precisaria espichar a Esplanada, criando 21 ministérios. Em vez das atuais 37 pastas, teria de dispor de 58.

Depois de quatro dias de descanso na aprazível cidade baiana de Itacaré, Dilma voou de volta para Brasília.

Antes de lidar diretamente com os apetites da dúzia de partidos que a apóiam, a presidente eleita vai a Seul, para a reunião do G-20.

Na Coréia do Sul, debaterá a guerra cambial. No retorno ao Brasil, terá de enfrentar, finalmente, a batalha ministerial.

Quem olha para o rebuliço, mesmo que de relance, observa que há incontáveis seres humanos desejando ser ministros.

Entre tantos postulantes, o difícil é encontrar alguém que se disponha a ser humano.

PMDB se nega a incluir Meirelles em ‘cota’ ministerial

Elza Fiúza/ABr

Na dança de elefantes em que se converteu a composição do ministério de Dilma Rousseff, Henrique Meirelles tornou-se uma tromba órfã.

A presidente eleita hesita em manter Meirelles na presidência do Banco Central. Passou a ruminar a hipótese de aproveitá-lo num ministério.

Imaginou-se que Meirelles, respeitado pelo mercado e dono de inegável capacidade gerencial, poderia cuidar de uma pasta voltada à infreaestrutura.

Iria ao “novo” gabinete como parte da cota do PMDB. Cuidaria de portos, aeroportos e rodovias. Porém...

Porém, cristão novo no PMDB, Meirelles é refugado por "sua" legenda. Se Dilma decidir aproveitá-lo na equipe, terá de fazê-lo por conta própria.

O PMDB quebra lancas para manter sob Dilma a mesma quantidade de pastas que amealhou sob Lula: seis ministérios.

E não há na cúpula da legenda quem se disponha a absorver Meirelles nessa cota.

O PMDB receia que, transferido para a Esplanada, Meirelles se recuse a fazer o jogo partidário, que consiste em extrair dos ministérios o máximo de dividendo$.


Escrito por Josias de Souza às 20h07


http://josiasdesouza.folha.blog.uol.com.br/ 07/10/10 às 08:58









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