da Folha Online
Os bancos Bradesco, Banco do Brasil e Santander confirmaram nesta quinta-feira que irão unir suas redes de caixas eletrônicos, o que se traduzirá em uma rede de 11 mil unidades de atendimento externos.
Segundo comunicado conjunto emitido pelos três bancos participantes do projeto, a consolidação de seus terminais de autoatendimento externos deverá ser concluída em até cinco meses --ou seja, até meados de julho.
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"Na conclusão dessa operação, os bancos pretendem ter um modelo de negócios que possibilite o acesso por seus clientes a cerca de 11 mil terminais de autoatendimento externos. Esse modelo proporcionará significativo aumento da disponibilidade e capilaridade da rede, com ganho de eficiência em relação à atual forma de utilização individualizada das respectivas redes de autoatendimento", informou o comunicado.
Outra novidade é que essa rede de caixas eletrônicos terá uma marca que a identifique. Segundo os bancos, o nome da nova marca ainda está em estudo.
O compartilhamento das redes de caixas eletrônicos já era discutida há mais de dez anos, e teve um importante avanço nos últimos meses. Entre as grandes instituições financeiras, só ficou fora o Itaú Unibanco, o maior banco privado brasileiro e que, segundo fontes do mercado ouvidas pela Folha, era o que mais resistia à proposta.
O Brasil é um dos poucos países em que os caixas eletrônicos não são universais. Isso porque os bancos viam na abrangência da rede eletrônica de atendimento um ativo importante para se diferenciar das instituições de menor porte e alcance geográfico.
As discussões evoluíram bastante nos últimos meses com a iniciativa do governo de apertar a regulação junto às empresas de cartões de crédito, cujo mercado é ainda dominado por Cielo (antiga VisaNet) e Redecard, empresas que tinham exclusividade, respectivamente, das bandeiras Visa e MasterCard. A exclusividade da MasterCard com a Redecard terminou no ano passado e a da Cielo com a Visa acabará neste ano.
Entre as instituições financeiras, Santander e Banco do Brasil são as mais interessadas no compartilhamento geral das infraestruturas de rede. O argumento é que a competição não se dá mais na operação e na tecnologia, que se tornaram "commodities", mas no serviço prestado ao cliente.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u692624.shtml
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