quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Câmara do DF deve analisar pedidos de impeachment contra Arruda nesta quinta


Camila Campanerut
Do UOL Notícias
Em Brasília

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara Legislativa do Distrito Federal deve aprovar na manhã desta quinta-feira (18) os três pedidos de impeachment contra o governador licenciado José Roberto Arruda (sem partido). – que está preso há uma semana na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília. Uma opção para o governador escapar da cassação seria renunciar ao cargo.




O relator do caso na CCJ, deputado Batista das Cooperativas (PRP), sinalizou na semana passada que apresentará um o relatório favorável à aceitação dos três pedidos de impedimento pelo crime de responsabilidade contra o governador.

“Amanhã, não apenas vamos votar pela cassação de Arruda como também instalaremos a Comissão Especial para analisar os pedidos”, prevê o deputado petista Chico Leite, único integrante da oposição dentre os cinco membros da CCJ.

A previsão do deputado é de que, além da instalação da Comissão Especial, o relator deverá ser indicado, bem como os demais membros da comissão, ainda na tarde desta quinta-feira.

Uma vez criada, a comissão tem dez dias para anunciar um parecer que será analisado em plenário. A votação do parecer da Comissão dependerá da aprovação em plenário de 2/3 (16) dos 24 deputados distritais. Ao governador afastado será dado um prazo de 20 dias para que apresente sua defesa.

Outros quatro pedidos de impeachment também devem ser analisados, ainda sem data definida, contra o governador em exercício, Paulo Octávio, que já fez dois pedidos para se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A estratégia de Paulo Octávio é contar com o apoio do presidente para evitar que o Distrito Federal seja administrado por um interventor, como pediu o Ministério Publico ao Supremo Tribunal Federal (STF) - que só deve analisar o caso na próxima semana. Também para a próxima semana ficou marcada a reunião do partido do governador, o Democratas, que irá decidir pela permanência dele na legenda.

Interlocutores do Planalto afirmam que a reunião com o presidente, se houver, só deverá ser feita após a decisão do DEM a respeito do futuro de seu correligionário.


UOl noticias 18/02 às 07;34h

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