sexta-feira, 17 de agosto de 2012


Adital - Devido que no México as e os jovens enfrentam múltiplas dificuldades para ter acesso à educação, empregos com segurança, assim como a serviços de saúde sexual e reprodutiva, organizações civis exigem uma política pública de acordo com as necessidades desta população.

No marco do Dia Internacional da Juventude, que se comemora a cada 12 de agosto desde o ano 2000, Gabriela García, coordenadora da área de Jovens da Rede pelos Direitos Sexuais e Reprodutivos no México (Ddeser), disse a Cimacnoticias que longe de festejar, esta data é para refletir acerca da política que as e os jovens necessitam.
A ativista apontou que é preciso "deixar de pensar nas e nos jovens como o futuro do país, fazem parte do presente e necessitam estudos, trabalho, serviços de saúde".

No país há aproximadamente 36 milhões de pessoas jovens, das quais as mulheres representam mais da metade. Elas também são maioria (80%) quando se trata de quem não estuda nem trabalha pela falta de oportunidades (7,5 milhões de jovens), segundo uma análise da Faculdade de Economia da Unam.

Tão somente este ano foram rechaçadas 500 mil aspirantes à educação superior. Enquanto que das/os jovens que trabalham, 68% carece de segurança social.
Além do acesso a estes direitos econômicos e sociais, o Estado mexicano descumpre sua obrigação de proteger os direitos sexuais e reprodutivos desta população.
García indicou que no México, onde sequer há uma lei de juventude, pesa o conservadorismo das instituições sobre o direito à saúde da população.

Deste modo, manifestou, "nos explicamos porque México não ratificou a Convenção Ibero-Americana dos Direitos da Juventude e não cumpriu com a Declaração Ministerial (compromisso internacional que obriga o país a oferecer educação integral em sexualidade)".

O não cumprimento das autoridades tem derivado em que seis de cada dez mulheres de 15 a 19 anos de idade não utilizaram nenhum método anticoncepcional em sua primeira relação sexual.

Sobre isso, explica que do total das adolescentes, 12,6% têm pelo menos uma filha ou filho, dos quais a maioria foi por gestações não planejadas, sustentou a especialista.
Gabriela García indicou que o Dia Internacional da Juventude "é ocasião para apresentarmos as condições nas quais vivemos as e os jovens deste país, o tipo de política que temos e a que necessitamos para conseguir um desenvolvimento integral".

Para demandar seus direitos, entre 12 e 14 de agosto, Ddeser realizará atividades lúdicas, culturais e de protesto em sete estados da República, entre eles Morelos, Zacatecas, Chiapas, Guerrero e Distrito Federal.

A notícia é de Cimac / 12/GCJ/RMB, por Guadalupe Cruz Jaimes

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